Sociedade Portuguesa de Matemática reitera necessidade de exames no 4º e 6º anos
A Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) considerou hoje "muitíssimo graves" os resultados dos exames nacionais do 9º ano à disciplina, reiterando a necessidade de provas que diagnostiquem mais cedo "as deficiências", no 4º e 6º anos.
Quase três em cada quatro alunos (72,8 por cento) do 9º ano tiveram negativa no exame nacional de Matemática, um desempenho ainda mais negro do que o registado no ano passado (63 por cento), segundo dados divulgados ontem pelo Ministério da Educação (ME). "Parece-nos insuficiente que em nove anos de escolaridade os alunos sejam submetidos apenas a um exame nacional. As deficiências que estes exames diagnosticam estão a ser reveladas tarde demais. Será necessário pelo menos outro exame nacional no 4º ou no 6º ano de escolaridade", afirma a SPM, em comunicado. Além dos exames nacionais do 9º ano, que contribuem para a classificação final da disciplina, os alunos do 4º e 6º anos realizam provas de aferição a Matemática e Língua Portuguesa mas que não contam para nota. A sociedade sublinha ainda que "as provas não têm sido construídas de forma consistente de ano para ano", pelo que a sua comparação "é difícil". Entre os cerca de 96 mil alunos que realizaram a prova a 21 de Junho, 25 por cento (24.656) obtiveram nível um, o mais baixo de uma escala até cinco valores, e 47,2 por cento (45.471) não foram além do nível dois, ainda negativo. Salientando que estes resultados "não constituem uma surpresa", a SPM salienta que "os problemas não se resolvem com planos ad hoc", numa referência ao Plano Nacional de Matemática, e que as bases de aprendizagem não têm sido consolidadas pelos alunos. "Isso deve-se a muitos factores, nomeadamente as orientações erradas que desde há décadas têm vindo do ministério e que continuam a ser advogadas por muitos formadores de professores. Essas orientações não favorecem métodos de ensino eficazes", considera a sociedade. A SPM recorda que não foi convidada a colaborar no plano de recuperação de resultados, lançado há um ano, e lamenta que só desde 2005, quando foram instituídos os exames nacionais no básico, se reconheça a gravidade dos problemas no ensino da disciplina. "Durante muito tempo, a existência destes problemas foi negada por responsáveis e técnicos do ministério e por muitos teóricos da educação", afirma a SPM. Para a SPM, tem-se insistido excessivamente no uso precoce da calculadora, nas aplicações e na contextualização em detrimento da consolidação dos conceitos básicos, das rotinas, da automatização de algoritmos, entre outros.
Quase três em cada quatro alunos (72,8 por cento) do 9º ano tiveram negativa no exame nacional de Matemática, um desempenho ainda mais negro do que o registado no ano passado (63 por cento), segundo dados divulgados ontem pelo Ministério da Educação (ME). "Parece-nos insuficiente que em nove anos de escolaridade os alunos sejam submetidos apenas a um exame nacional. As deficiências que estes exames diagnosticam estão a ser reveladas tarde demais. Será necessário pelo menos outro exame nacional no 4º ou no 6º ano de escolaridade", afirma a SPM, em comunicado. Além dos exames nacionais do 9º ano, que contribuem para a classificação final da disciplina, os alunos do 4º e 6º anos realizam provas de aferição a Matemática e Língua Portuguesa mas que não contam para nota. A sociedade sublinha ainda que "as provas não têm sido construídas de forma consistente de ano para ano", pelo que a sua comparação "é difícil". Entre os cerca de 96 mil alunos que realizaram a prova a 21 de Junho, 25 por cento (24.656) obtiveram nível um, o mais baixo de uma escala até cinco valores, e 47,2 por cento (45.471) não foram além do nível dois, ainda negativo. Salientando que estes resultados "não constituem uma surpresa", a SPM salienta que "os problemas não se resolvem com planos ad hoc", numa referência ao Plano Nacional de Matemática, e que as bases de aprendizagem não têm sido consolidadas pelos alunos. "Isso deve-se a muitos factores, nomeadamente as orientações erradas que desde há décadas têm vindo do ministério e que continuam a ser advogadas por muitos formadores de professores. Essas orientações não favorecem métodos de ensino eficazes", considera a sociedade. A SPM recorda que não foi convidada a colaborar no plano de recuperação de resultados, lançado há um ano, e lamenta que só desde 2005, quando foram instituídos os exames nacionais no básico, se reconheça a gravidade dos problemas no ensino da disciplina. "Durante muito tempo, a existência destes problemas foi negada por responsáveis e técnicos do ministério e por muitos teóricos da educação", afirma a SPM. Para a SPM, tem-se insistido excessivamente no uso precoce da calculadora, nas aplicações e na contextualização em detrimento da consolidação dos conceitos básicos, das rotinas, da automatização de algoritmos, entre outros.
12.7.07
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