Aposta nos cursos à noite garante mais 2200 vagas
O ensino superior público vai abrir, na primeira fase de acesso, um total de 49 272 vagas. É um acréscimo de 5% em relação ao ano passado - 2204 lugares -, que abrange tanto as universidades como os institutos politécnicos, mas que é bastante mais acentuado em relação a estes últimos.Cumprindo a promessa de seguir as recomendações da OCDE para uma aposta nos chamados cursos "profissionalizantes", o ministro do Ensino Superior, Mariano Gago, atribuiu aos institutos politécnicos um total de 22 852 vagas, mais 1680 do que há um ano atrás. As universidades continuam a liderar, com 26420 novos lugares, mas os seus ganhos são bastante mais modestos: 524 vagas. Números que conduzem a um maior equilíbrio entre os dois subsistemas. Há um ano, as universidades tinham 55% dos lugares. Agora, perdem 1% para os politécnicos.A aposta nos cursos em horário pós-laboral, dentro da mesma filosofia de atrair novos públicos para o ensino superior, foi segundo o Ministério o principal catalizador deste aumento da oferta.De acordo com números divulgados recentemente pelo Ministério da Educação, 105 mil alunos que este ano fizeram exames nacionais tencionam candidatar-se ao superior. Por outras palavras, a oferta do público não chega a cobrir 50% da potencial procura. Mas a verdade é que, por tradição, nunca é preenchida a totalidade dos lugares disponibilizados. O ensino privado e o mercado de trabalho são as alternativas mais frequentes para os restantes alunos.Educação continua em quedaÉ claro que há cursos que sistematicamente excedem as exigências e outros que nunca chegam para a procura de vagas, e essas disparidades são bem visíveis nos ajustes à oferta realizados nesta fase de candidaturas.A Educação, pelo segundo ano consecutivo, lidera destacada a quebra no número de vagas, com uma descida de 22%. Por outras palavras, no próximo ano lectivo, apenas estarão disponíveis 1830 lugares no sector público para novos professores.No sentido oposto, as Ciências Veterinárias (471 lugares) e os Serviços (3174) registam um crescimento de 9% e as Artes (3390) ganham mais 8% de lugares. As Ciências e Tecnologias assumem-se como o sector de maior oferta, com um ganho de 6% e um total de 16 402 vagas. Quase um terço do total. A sempre disputadíssima Medicina oferece 1400 lugares, numa subida de 4%.De acordo com os indicadores divulgados pelo ministério, 87% dos cursos que abrem vagas já estão adaptados ao sistema de graus e diplomas de Bolonha.
7.7.07
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Etiquetas:
Ensino Superior
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