No âmbito do Laboratório de Avaliação da Qualidade Educativa (LAQE), estrutura funcional do Centro de Investigação Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF) da Universidade de Aveiro, foi criado, em Março de 2007, o presente blogue onde são colocadas, notícias da imprensa da área da Avaliação Educativa. Esta recolha tem como principal finalidade avaliar o impacte, nos mass media, das questões de avaliação educativas.

Engenheiro só com cinco anos de curso

2007-07-19, Correio da Manhã

Os primeiros licenciados em Engenharia ao abrigo da reforma introduzida pelo Processo de Bolonha só podem obter título profissional se possuírem o grau de mestrado. A posição foi ontem assumida pelo bastonário da Ordem dos Engenheiros, Fernando Santo, e já transmitida ao primeiro-ministro, José Sócrates, e ao titular da pasta do Ensino Superior, Mariano Gago.
De acordo com o bastonário, todos os portadores de uma licenciatura em cursos de Engenharia anteriores à reforma do Ensino Superior (cinco anos de formação) ou todos os portadores de um mestrado em Engenharia pós-reforma, desde que reconhecidos pelo Ministério da Ciência, poderão candidatar-se à Ordem, submetendo-se a provas de admissão. Serão dispensados desses exames os portadores de diplomas de cursos acreditados pela Ordem dos Engenheiros.Com a reforma de Bolonha, os cursos de Engenharia passaram de cinco para três anos, facto que Fernando Santo diz introduzir diferenças de formação substanciais. “Em três anos não é possível adquirir as mesmas competências anteriormente obtidas em cinco”, disse ontem o bastonário em conferência de imprensa. “Existem exigências que devem ser respeitadas. Tudo o que seja rigor e avaliação desagrada a muita gente. Temos de saber se queremos seguir o caminho do facilitismo ou o de uma Europa exigente.”Para ultrapassar esta situação, a Ordem dos Engenheiros sugere a criação de dois graus distintos de engenheiro, fazendo corresponder a competências diferenciadas, níveis profissionais também diferenciados. Para tal será necessário alterar o estatuto da Ordem por via legislativa, o que também já foi sugerido ao Governo.

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