No âmbito do Laboratório de Avaliação da Qualidade Educativa (LAQE), estrutura funcional do Centro de Investigação Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF) da Universidade de Aveiro, foi criado, em Março de 2007, o presente blogue onde são colocadas, notícias da imprensa da área da Avaliação Educativa. Esta recolha tem como principal finalidade avaliar o impacte, nos mass media, das questões de avaliação educativas.

Professores fazem filas para subsídio de desemprego

4 de Setembro de 2007, Jornal de Notícias

Os centros de emprego de todo o país conheceram, ontem, um movimento inusitado de candidatos ao respectivo subsídio, face à não colocação de aproximadamente 45 mil candidatos ao concurso para professores provisórios, cujas listas foram divulgadas na passada sexta-feira.Aproveitando a ocasião, a Federação Nacional dos Professores (FENPROF) organizou, ontem, uma concentração simbólica frente às lojas do cidadão de Porto e Lisboa e centros de emprego de algumas cidades do país. A acção pretendia, por um lado, dar apoio a todos os docentes desempregados que ali requeriam o subsídio de desemprego e, por outro, mostrar à população, através da distribuição de panfletos, que "Portugal precisa de professores".A "avalanche" de novos desempregados gerou problemas em muitos centros de emprego. De acordo com o relato de uma professora, no Centro de Emprego de Matosinhos os candidatos tiveram de esperar cerca de quatro horas para serem atendidos. Em Lisboa, um professor protestava contra o facto de, apesar de ter chegado ao centro de emprego às 9 horas, ter sido informado para regressar no dia seguinte.Mário Nogueira, secretário-geral da FENPROF - que esteve presente na Loja do Cidadão dos Restauradores, em Lisboa -, acusou o Ministério da Educação de estar a promover a um dos "maiores despedimentos colectivos do país", ao deixar fora do sistema cerca de 45 mil professores.Depois de ter ouvido Maria de Lurdes Rodrigues a a responsabilizar o excesso de formação de professores pelo volume de desempregados no sector, Mário Nogueira acusou a ministra de "estar a esconder a verdade dos factos".O líder sindical salientou que o elevado número de docentes desempregados resulta "da política de redução dos trabalhadores da Função Pública". Deu como exemplo o facto de 4400 professores terem se aposentado no passado ano lectivo, não tendo essas vagas correspondido a novas admissões.Por outro lado, recusou também a ideia de que a maioria dos agora desempregados sejam recém-licenciados. "Cerca de 17 mil professores que não obtiveram colocação tiveram contrato de trabalho no ano passado", realçou.O número de recém-formados em áreas relacionadas com o ensino tem vindo a reduzir-se drasticamente nos últimos anos, de acordo com números do Observatório da Ciência e Ensino Superior. Contudo, entre 1998 e 2005, foram formados cerca de 90 mil professores nas instituições de Ensino Superior portuguesas

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