O Ministério da Educação contratou 116 novos técnicos de apoio a alunos com necessidades educativas especiais(NEE), elevando para 269 o número de especialistas que vai colaborar com os professores de Educação Especial neste ano lectivo. O dado foi divulgado ontem pelo secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, numa sessão em que foi apresentada a rede de escolas de referência para estes estudantes.O principal aumento, relativamente ao ano lectivo de 2006/07, diz respeito aos terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e terapeutas da fala, cujo efectivo quase triplica, de 59 para 146. Foram ainda contratados 12 formadores em língua gestual portuguesa, que agora totalizam 65, e 17 intérpretes de língua gestual portuguesa , que passam a ser 58. O número de professores de Educação Especial vai manter-se nos 4500, prevendo-se que o número de alunos apoiados "não se afaste muito" dos 35 mil do ano passado.Valter Lemos considerou o reforço um passo "significativo", mas admitiu que o sistema "tinha e continuar a ter carências", em parte devido à escassez de técnicos especializados. Por isso, revelou, "estão já a ser negociados protocolos com duas instituições do ensino superior, a Escola Superior de Educação de Setúbal e a Universidade Católica, para a formação de técnicos de linguagem gestual", estando também em preparaçãoparcerias ao nível da formação de especialistas no apoio a crianças invisuais. Criadas redes por deficiência A organização das redes de escola por deficiência, anunciada pela tutela em Maio, está também concluída. Assim, no Continente, estão identificados 21 agrupamentos preparados para o apoio a alunos cegos e com baixa visão, 112 agrupamentos e escola para o ensino bilingue a alunos surdos, 121 agrupamentos para a intervenção precoce, 99 unidades especializadas em alunos autistas e 163 especializadas em alunos com multideficiência. Foram ainda criados 25 centros de tecnologias de informação e comunicação (TIC) adaptados às NEE. Até 2013, a tutela quer integrar progressivamente na sua rede 2500 crianças deficientes, actualmente em instituições especializadas do sector.