No âmbito do Laboratório de Avaliação da Qualidade Educativa (LAQE), estrutura funcional do Centro de Investigação Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF) da Universidade de Aveiro, foi criado, em Março de 2007, o presente blogue onde são colocadas, notícias da imprensa da área da Avaliação Educativa. Esta recolha tem como principal finalidade avaliar o impacte, nos mass media, das questões de avaliação educativas.

Doutores por 48 mil euros

24 de Setembro de 2007, Jornal de Notícias

P or um custo total de 48 mil euros, ao fim de cinco anos e quatro meses, os candidatos portugueses a Medicina estão a ser aliciados a rumar à República Dominicana para saírem de lá doutores. A Ordem dos Médicos em Portugal alerta para o facto de o reconhecimento não ser automático. "Cheira-me a fraude", afirma o bastonário.Um anúncio pago no JN, escrito em língua espanhola, lança o apelo. "!Atencion estudiantes interessados en estudiar Medicina!". A Universidad Nacional Pedro Henriquez Urena, em Santo Domingo, está a aceitar candidaturas para os períodos lectivos que se iniciam em Setembro de 2007, Janeiro e Maio de 2008. Joaquim Pinheiro, representante da instituição em Portugal, contactado pelo JN, diz que basta ter o 12.º ano feito, pagar mil euros de inscrição e mais tres mil euros por quadrimestre. Como a duração do curso é de 16 quadrimestres, o custo é de 48 mil euros, sem contar com a inscrição. Em Portugal, a licenciatura em Medicina dura seis anos e a propina anual não atinge os mil euros.Embora a referida Universidade da República Dominicana seja privada e, em Portugal, o ensino da Medicina seja um exclusivo do Estado, o custo da aventura em Santo Domingo é considerável, conforme reconhece Joaquim Pinheiro. Desde o ano passado, estão naquele destino cerca de 30 portugueses. Pedro Nunes, bastonário da Ordem dos Médicos, diz que não conhece a universidade em causa e lembra que só se tem sucesso no internato com um sólida formação na licenciatura.
Metade chumba
José Agostinho Lopes, director da Faculdade de Medicina do Porto, considera que "é sempre um logro ir para esse tipo de universidade". A afirmação tem por base a experiência adquirida enquanto júri nos exames de equivalência feitos por estrangeiros ou portugueses formados em países fora da União Europeia. "Metade chumba", garante. Surgem muitos candidatos de países de Leste, Colômbia, Venezuela, entre outras proveniências. Joaquim Pinheiro, representante em Portugal da Universidad Nacional Pedro Henriquez Urena, não hesitou em mandar o seu próprio filho para Santo Domingo, mas reconhece que é um grande esforço financeiro por parte dos pais e um sacrifício para os estudantes que ficam longe da família. O currículo não parece ser pesado Actividades Artísticas é uma das cadeiras do 1.º ano.

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