No âmbito do Laboratório de Avaliação da Qualidade Educativa (LAQE), estrutura funcional do Centro de Investigação Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF) da Universidade de Aveiro, foi criado, em Março de 2007, o presente blogue onde são colocadas, notícias da imprensa da área da Avaliação Educativa. Esta recolha tem como principal finalidade avaliar o impacte, nos mass media, das questões de avaliação educativas.

Bastonário defende redução de 80 por cento nos cursos de engenharia

03.09.2007 - Jornal Público

O bastonário da Ordem dos Engenheiros, Fernando Santo, defendeu hoje que os cursos de engenharia em Portugal deveriam ser reduzidos em cerca de 80 por cento, uma vez que muitos dos nomes "são marketing puro".
Em declarações aos jornalistas em Coimbra — onde hoje participou numa conferência internacional sobre o ensino da engenharia —, Fernando Santo afirmou que, dos actuais 314, "não faz sentido existirem mais de 60/70 cursos de engenharia".Isto porque, na sua opinião, "não vale a pena fazer marketing de cursos por nomes", lamentando que existam "cursos que têm três designações mas são um 3 em 1, para enganar as pessoas"."Houve já uma vontade dos reitores em uniformizar as designações, que não teve apoio político. Hoje cada um cria o curso com o nome que quiser e as pessoas do mercado não sabem qual é o conteúdo correspondente à designação. É marketing puro", criticou.Segundo o bastonário, "como há poucos alunos e há mais oferta", assiste-se em Portugal "a uma disputa das escolas para ter alunos socorrendo-se daquilo que tiver à mão". Neste âmbito, mostrou-se expectante em saber como o Estado implementará a futura agência de acreditação dos cursos superiores, frisando a importância de esta vir a seguir "os níveis de exigência internacionais".Fernando Santo considera que, se assim for, "vai obrigatoriamente acabar por perceber-se que há cursos que deveriam ser fechados, não deveriam existir, porque não têm o mínimo de qualidade".Na sua opinião, este "é um problema grave" que existe em Portugal, porque se deixou, "durante muitos anos, em rota livre o ensino superior"."Foram-se abrindo cursos em escolas por questões económicas, de negócio, de tudo e mais alguma coisa e, no fundo, a Ordem dos Engenheiros o que teve de fazer até hoje foi substituir o Estado através de um sistema de acreditação", lembrou.Explicou que, de acordo com os estatutos, "a entrada na Ordem passa por um exame e esse sistema de acreditação não tem mais nenhum objectivo do que estabelecer, de forma criteriosa e pragmática, o modelo que leva a que alunos de determinados cursos possam ser dispensados deste exame".

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