No âmbito do Laboratório de Avaliação da Qualidade Educativa (LAQE), estrutura funcional do Centro de Investigação Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF) da Universidade de Aveiro, foi criado, em Março de 2007, o presente blogue onde são colocadas, notícias da imprensa da área da Avaliação Educativa. Esta recolha tem como principal finalidade avaliar o impacte, nos mass media, das questões de avaliação educativas.

Avaliação sem consensos

14 de Setembro de 2007, Jornal de Notícias

As negociações para a regulamentação do Estatuto da Carreira Docente geraram novo pé de guerra entre o ministério da Educação e os sindicatos - prometendo manter acesa a polémica constante entre as duas partes. As duas maiores federações, Fenprof e FNE, não ponderam abandonar o diálogo mas acusam a tutela de indisponibilidade para "mudar uma vírgula" do documento que foi - dizem - "imposto" aos professores. Já a FNEI, espera para ver, considerando também "irrealizável" o estatuto proposto.No centro da quezília está o modelo de avaliação dos docentes. À semelhança do que acontece na restante função pública o Governo pretende introduzir quotas nas duas classificações máximas - só 5% dos professores poderão ter Excelente e 20% Muito Bom. "É inultrapassável. Não há possibilidade de qualquer tipo de acordo", afirmou ontem ao JN Mário Nogueira, após a reunião com a tutela. A Fenprof insiste que os professores devem ser avaliados pelo mérito e a partir de segunda-feira - quando todas as escolas já estiverem a funcionar - vão começar a "mobilizar os docentes para mais uma luta". Do ministério, garantiu o presidente da Fenprof, receberam a certeza de que a tutela considera as quotas "uma questão essencial e da qual não abrirá mão pela qualidade da avaliação". "O ministério não mexeu até agora uma vírgula", insurgiu-se o dirigente, acusando a tutela de promover uma "farsa negocial" para meramente cumprir uma obrigação legal. Abandonar as negociações, no entanto, é impensável. Hoje é a vez da FNE. Ao JN, Maria Arminda Bragança garantiu que a Federação tem-se esforçado "ao máximo por tentar minimizar" o Estatuto. A aceitação das quotas, sublinha, é inegociável. E a aparente calma da porta-voz da Federação Nacional dos Sindicatos de Educação só se deve ao "desejo" ou "pressentimento" de que o ECD "não irá durar muito tempo por não ser exequível".

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