Fenprof acusa Governo de promover um dos maiores despedimentos colectivos no país
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) acusou hoje o Governo de promover o equivalente a um dos maiores despedimentos colectivos no país. Cerca de 45 mil candidatos ficaram de fora na primeira fase do concurso de colocação de professores.
Dezenas de professores concentraram-se na Loja do Cidadão dos Restauradores, em Lisboa, numa acção simbólica para dar voz aos docentes desempregados em todo o país, três dias depois de serem conhecidos os resultados da primeira fase do concurso de colocação de professores. Segundo as contas da Fenprof, dos cerca de 45 mil professores que estão sem colocação, perto de 30 mil são professores com tempo de serviço e os restantes são professores profissionalizados. Mário Nogueira, dirigente da Fenprof, salientou que dos 6407 colocados, 3155 "são professores que já são dos quadros", pelo que considerou que este ano foram, efectivamente, colocados 3252 docentes. Segundo a Fenprof, relativamente à "candidatura à contratação, dos 47.977 candidatos só foram colocados 3252 em horários completos, correspondendo a 6,7 por cento do total". Acrescem a estas candidaturas as de 989 docentes de "horário-zero", dos quais 705 foram colocados, e as de 6399 que fazem parte do quadro de zona pedagógica, dos quais obtiveram afectação 2450. Mário Nogueira salientou que, por isso, dos professores do quadro de zona pedagógica que concorreram, "62 por cento não ficaram colocados". Segundo as estimativas da Fenprof, "ainda que venham a ser colocados mais três mil docentes em horários incompletos, mais de 40 mil professores vão ficar sem colocação". Segundo Mário Nogueira, a situação não resulta da diminuição do número de alunos, como defendeu hoje a ministra da Educação, mas disse que "é o ministério quem tem a maior responsabilidade", uma vez que a diminuição do número de alunos "é uma causa natural, mas um factor menor". Na opinião do sindicalista, a principal responsabilidade está nas políticas educativas como a "falta de apoios a crianças com necessidades especiais, a falta de programas e projectos de combate ao insucesso e abandono escolar" ou o estatuto da carreira docente que, entre outras medidas, estabelece "o aumento de horas lectivas dos docentes ou a transferência de actividades de componente lectiva para não lectiva". Milhares de professores acorrem aos centros de emprego a pedir subsídioHoje, milhares de professores acorreram aos centros de emprego, serviços da segurança social e lojas do cidadão a requerer o subsídio de desemprego, por terem ficado de fora das listas de colocação. No Centro de Emprego de Matosinhos, alguns professores tiveram de esperar cerca de quatro horas para serem atendidos, disse uma docente desempregada. Salomé Ribeiro, do Sindicato dos Professores do Norte (SPN/Fenprof), referiu que o mesmo cenário se repetiu em muitos outros locais, nomeadamente no Centro de Emprego de Gondomar, onde os professores desempregados fizeram fila. A sindicalista criticou o Ministério da Educação por ter divulgado muito tarde (às 20h30 de sexta-feira) as listas de colocação, o que obrigou todos os professores desempregados a ir hoje de manhã às escolas onde leccionaram no ano lectivo passado para levantar o comprovativo de que perderam o emprego.A limitação ao atendimento aos professores nos centros de emprego, a cerca de uma centena de professores por dia, foi uma das situações mais contestadas na acção de hoje na loja do cidadão de Lisboa. Mário Nogueira lembrou que são dias que atrasam o subsídio de desemprego e sublinhou que "os professores não podem ser penalizados nestas datas" porque não têm qualquer responsabilidade.
Dezenas de professores concentraram-se na Loja do Cidadão dos Restauradores, em Lisboa, numa acção simbólica para dar voz aos docentes desempregados em todo o país, três dias depois de serem conhecidos os resultados da primeira fase do concurso de colocação de professores. Segundo as contas da Fenprof, dos cerca de 45 mil professores que estão sem colocação, perto de 30 mil são professores com tempo de serviço e os restantes são professores profissionalizados. Mário Nogueira, dirigente da Fenprof, salientou que dos 6407 colocados, 3155 "são professores que já são dos quadros", pelo que considerou que este ano foram, efectivamente, colocados 3252 docentes. Segundo a Fenprof, relativamente à "candidatura à contratação, dos 47.977 candidatos só foram colocados 3252 em horários completos, correspondendo a 6,7 por cento do total". Acrescem a estas candidaturas as de 989 docentes de "horário-zero", dos quais 705 foram colocados, e as de 6399 que fazem parte do quadro de zona pedagógica, dos quais obtiveram afectação 2450. Mário Nogueira salientou que, por isso, dos professores do quadro de zona pedagógica que concorreram, "62 por cento não ficaram colocados". Segundo as estimativas da Fenprof, "ainda que venham a ser colocados mais três mil docentes em horários incompletos, mais de 40 mil professores vão ficar sem colocação". Segundo Mário Nogueira, a situação não resulta da diminuição do número de alunos, como defendeu hoje a ministra da Educação, mas disse que "é o ministério quem tem a maior responsabilidade", uma vez que a diminuição do número de alunos "é uma causa natural, mas um factor menor". Na opinião do sindicalista, a principal responsabilidade está nas políticas educativas como a "falta de apoios a crianças com necessidades especiais, a falta de programas e projectos de combate ao insucesso e abandono escolar" ou o estatuto da carreira docente que, entre outras medidas, estabelece "o aumento de horas lectivas dos docentes ou a transferência de actividades de componente lectiva para não lectiva". Milhares de professores acorrem aos centros de emprego a pedir subsídioHoje, milhares de professores acorreram aos centros de emprego, serviços da segurança social e lojas do cidadão a requerer o subsídio de desemprego, por terem ficado de fora das listas de colocação. No Centro de Emprego de Matosinhos, alguns professores tiveram de esperar cerca de quatro horas para serem atendidos, disse uma docente desempregada. Salomé Ribeiro, do Sindicato dos Professores do Norte (SPN/Fenprof), referiu que o mesmo cenário se repetiu em muitos outros locais, nomeadamente no Centro de Emprego de Gondomar, onde os professores desempregados fizeram fila. A sindicalista criticou o Ministério da Educação por ter divulgado muito tarde (às 20h30 de sexta-feira) as listas de colocação, o que obrigou todos os professores desempregados a ir hoje de manhã às escolas onde leccionaram no ano lectivo passado para levantar o comprovativo de que perderam o emprego.A limitação ao atendimento aos professores nos centros de emprego, a cerca de uma centena de professores por dia, foi uma das situações mais contestadas na acção de hoje na loja do cidadão de Lisboa. Mário Nogueira lembrou que são dias que atrasam o subsídio de desemprego e sublinhou que "os professores não podem ser penalizados nestas datas" porque não têm qualquer responsabilidade.
4.9.07
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Professores - geral
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