Pais querem Educação Física fora da média do secundário
6 de Março de 2007, Diário Digital
Associações de pais de cinco distritos exigiram hoje, em comunicado, que a disciplina de Educação Física deixe de fazer parte obrigatória da média final do ensino secundário, de modo a não prejudicar os alunos com mais dificuldades.
Num comunicado hoje divulgado onde apreciam as conclusões do Grupo de Avaliação e Acompanhamento da Implementação da Reforma do Ensino Secundário (GAAIRES), as Federações Regionais de Associações de Pais de Lisboa, Leiria, Viseu, Guarda e Beja consideram que os alunos que têm dificuldades a Educação Física não devem ser prejudicados na media final do ensino secundário.
A presença da disciplina como parte obrigatória da média final está a prejudicar alunos com melhores notas mas algum tipo de dificuldades físicas, sublinham as associações de pais.
Por isso, as associações entendem que deve ser do aluno a decisão sobre se a disciplina conta para a média final, até porque a Educação Física é «particularmente penalizada no actual contexto educativo demasiado teórico» em que consiste o ensino secundário.
«Assim, consideramos que a obrigatoriedade da sua frequência se deve manter, podendo, no entanto, a sua avaliação ser feita de acordo com as competências demonstradas pelos alunos, e não pela sua capacidade de execução dos conteúdos, privilegiando assim uma atitude positiva para superar constrangimentos individuais», consideram as associações.
Para a média final, as associações entendem que devem ser os alunos a escolher quais as três disciplinas, das quatro que são comuns a todos os cursos do ensino secundário (nas quais se inclui a Educação Física), que devem entrar nessa contabilização.
Essa solução, defendem os pais, «cria maior igualdade nas condições de acesso, com base na valorização das competências individuais».
Em 2004, iniciou-se uma «nova reforma que visava introduzir um novo conceito de secundário baseado na diversidade e mobilidade entre escolhas e mudanças de cursos», explica o comunicado subscrito pelas associações.
Para os pais, o ensino secundário «está demasiadamente orientado para o acesso ao Ensino Superior e completamente desenquadrado das necessidades sociais» pelo que esta reforma é bem- vinda.
Com o alargamento do ensino obrigatório até ao 12/o ano, os pais consideram que o «secundário será a resposta para a formação individual, cívica e profissional» das novas gerações.
Mas, para isso, é necessário «garantir a certificação laboral, a par com a existente qualificação científica, motivando a aquisição das competências necessárias para a inserção no mercado de trabalho e a aposta numa qualificação especializada ou de nível superior».
A harmonização da formação no espaço europeu (Processo de Bolonha) deve ser outra das prioridades da tutela, consideram as associações.
O reforço das vertentes experimentais dos cursos científicos foi reclamado também pelos pais, que lamentam a ausência de práticas experimentais, uma situação que foi visível com os últimos «exames nacionais de 11/o ano», em que as competências das «aulas práticas laboratoriais foram as que piores resultados obtiveram».
Por outro lado, a redução dos alunos nos cursos de línguas e literaturas foi criticada pelos pais, que também querem «cursos abrangentes» para os jovens e não apenas opções de ensino mais técnico.
No que respeita à presença da disciplina de Tecnologias de Informação e Comunicação nos cursos do ensino secundário, os pais defendem que deve ser utilizada como «ferramenta transdisciplinar» e não como simples ensino de ferramentas técnicas de informática.
No secundário, a disciplina deverá ser substituída por outra que «desenvolva competências na área das 'ferramentas informáticas' utilizadas correntemente nas actividades profissionais ligadas aos cursos frequentados».
No dia 27 de Fevereiro, o GAAIRES emitiu um conjunto de recomendações que, em muitos casos, coincide com o defendido pelas associações, apostando no reforço das práticas experimentais, a extinção da disciplina de Tecnologias da Informação e Comunicação no 10º ano e a integração do curso de Línguas e Literaturas nas formações mais técnicas de Ciências Sociais e Humanas.
Num comunicado hoje divulgado onde apreciam as conclusões do Grupo de Avaliação e Acompanhamento da Implementação da Reforma do Ensino Secundário (GAAIRES), as Federações Regionais de Associações de Pais de Lisboa, Leiria, Viseu, Guarda e Beja consideram que os alunos que têm dificuldades a Educação Física não devem ser prejudicados na media final do ensino secundário.
A presença da disciplina como parte obrigatória da média final está a prejudicar alunos com melhores notas mas algum tipo de dificuldades físicas, sublinham as associações de pais.
Por isso, as associações entendem que deve ser do aluno a decisão sobre se a disciplina conta para a média final, até porque a Educação Física é «particularmente penalizada no actual contexto educativo demasiado teórico» em que consiste o ensino secundário.
«Assim, consideramos que a obrigatoriedade da sua frequência se deve manter, podendo, no entanto, a sua avaliação ser feita de acordo com as competências demonstradas pelos alunos, e não pela sua capacidade de execução dos conteúdos, privilegiando assim uma atitude positiva para superar constrangimentos individuais», consideram as associações.
Para a média final, as associações entendem que devem ser os alunos a escolher quais as três disciplinas, das quatro que são comuns a todos os cursos do ensino secundário (nas quais se inclui a Educação Física), que devem entrar nessa contabilização.
Essa solução, defendem os pais, «cria maior igualdade nas condições de acesso, com base na valorização das competências individuais».
Em 2004, iniciou-se uma «nova reforma que visava introduzir um novo conceito de secundário baseado na diversidade e mobilidade entre escolhas e mudanças de cursos», explica o comunicado subscrito pelas associações.
Para os pais, o ensino secundário «está demasiadamente orientado para o acesso ao Ensino Superior e completamente desenquadrado das necessidades sociais» pelo que esta reforma é bem- vinda.
Com o alargamento do ensino obrigatório até ao 12/o ano, os pais consideram que o «secundário será a resposta para a formação individual, cívica e profissional» das novas gerações.
Mas, para isso, é necessário «garantir a certificação laboral, a par com a existente qualificação científica, motivando a aquisição das competências necessárias para a inserção no mercado de trabalho e a aposta numa qualificação especializada ou de nível superior».
A harmonização da formação no espaço europeu (Processo de Bolonha) deve ser outra das prioridades da tutela, consideram as associações.
O reforço das vertentes experimentais dos cursos científicos foi reclamado também pelos pais, que lamentam a ausência de práticas experimentais, uma situação que foi visível com os últimos «exames nacionais de 11/o ano», em que as competências das «aulas práticas laboratoriais foram as que piores resultados obtiveram».
Por outro lado, a redução dos alunos nos cursos de línguas e literaturas foi criticada pelos pais, que também querem «cursos abrangentes» para os jovens e não apenas opções de ensino mais técnico.
No que respeita à presença da disciplina de Tecnologias de Informação e Comunicação nos cursos do ensino secundário, os pais defendem que deve ser utilizada como «ferramenta transdisciplinar» e não como simples ensino de ferramentas técnicas de informática.
No secundário, a disciplina deverá ser substituída por outra que «desenvolva competências na área das 'ferramentas informáticas' utilizadas correntemente nas actividades profissionais ligadas aos cursos frequentados».
No dia 27 de Fevereiro, o GAAIRES emitiu um conjunto de recomendações que, em muitos casos, coincide com o defendido pelas associações, apostando no reforço das práticas experimentais, a extinção da disciplina de Tecnologias da Informação e Comunicação no 10º ano e a integração do curso de Línguas e Literaturas nas formações mais técnicas de Ciências Sociais e Humanas.
12.4.07
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