Em entrevista ao Público e à Renascença, o professor da Universidade Católica diz acreditar que a crise vivida actualmente pela Universidade Independente «não põe em causa a credibilidade das privadas», mas afirma que «há uma necessidade urgente de regular a rede nacional».
O antigo membro do Conselho Nacional de Avaliação do Ensino Superior (Cnaves), organismo extinto mas ainda não substituído, defende a criação de um banco de dados para os candidatos às licenciaturas conhecerem melhor os diferentes cursos e escolas e fazerem uma «escolha informada».
«É preciso perceber que vivemos num mundo globalizado onde a Europa quer ser o continente mais competitivo e, para tal, era preciso facilitar a circulação entre escolas e era para isso que deveria ter servido o Tratado de Bolonha», algo que não aconteceu», acusou.
Os sinais de alerta em relação às universidades privadas, como a Livre, a Moderna e agora a Independente, «há muito que existe», sublinha, adiantando que essas entidades «deveriam ser cooperativas, mas tornaram-se empresas».