Cartões electrónicos em todas as escolas para aumentar segurança
Assembleia recomenda a criação de "comissões" contra a violência
Contra a violência, tecnologia. A Assembleia da República recomendou ontem que todos os alunos passem a usar um cartão electrónico para entrar na escola. E que as suas faltas fiquem registadas num livro de ponto electrónico. E ainda que seja criada uma ficha electrónica de ocorrências. Tudo para travar a violência em meio escolar.Vigiar e proteger os alunos deve ficar, segundo o relatório apresentado ontem na Comissão de Educação, Ciência e Cultura a que o DN teve acesso, a cargo de uma "Comissão de Segurança" em cada estabelecimento. Dela farão parte representantes de alunos, professores, pais, pessoal auxiliar e ainda das forças de segurança. Contactada pelo DN, a deputada do PS Fernanda Asseiceira, que redigiu o relatório, afirmou que a criação desta comissão "vai depender dos diagnósticos das escolas em matéria de segurança". Já a utilização do cartão deve ser regra: "Já existe em muitas escolas, funciona com sucesso, e permite uma agilização de procedimentos muito benéfica."Apesar de apostar nas novas tecnologias para resolver o velho problema da violência, o relatório alerta para alguns perigos: "Muitas crianças e jovens passam horas diante de consolas de vídeo, da televisão, dos telemóveis ou na Internet. A violência que lhes está acessível está recheada de acções e de sensações". É, por isso, preciso "atenção e imaginação para se proteger a criança ou o jovem de conteúdos nocivos gerados pelo desenvolvimento de uma tecnologia de informação que tan- tas oportunidades oferece", alerta. Mas os professores não foram esquecidos pelo relatório. Para eles, serão preparados programas de formação "que contribuam para o desenvolvimento de competências de gestão e mediação de conflitos".Por entender que as escolas localizadas em ambientes socio-económicos desfavorecidos devem ser alvo de especial atenção, o grupo de trabalho sugere condições de contratualização que permitam o apetrechamento de meios, equipamentos e recursos destes estabelecimentos.O Partido Comunista Português considerou ontem que este relatório defende "uma via securitária e autoritária para a resolução do problema", sendo o único partido a atacar o documento. O deputado Miguel Tiago, que fez parte do grupo de trabalho, criticou a "abordagem superficial" que o relatório faz do fenómeno. "Este é um problema estrutural cuja resolução passa por uma abordagem que vai mais além das soluções de pendor autoritário aqui apresentadas."Para Miguel Tiago, a raiz do problema reside "nas assimetrias sociais, no s tress social a que estão submetidas determinadas comunidades urbanas ou na degradação do parque escolar". Fenómenos que "medidas como a vídeo- vigilância ou a informatização das fichas dos alunos não vão resolver".
Contra a violência, tecnologia. A Assembleia da República recomendou ontem que todos os alunos passem a usar um cartão electrónico para entrar na escola. E que as suas faltas fiquem registadas num livro de ponto electrónico. E ainda que seja criada uma ficha electrónica de ocorrências. Tudo para travar a violência em meio escolar.Vigiar e proteger os alunos deve ficar, segundo o relatório apresentado ontem na Comissão de Educação, Ciência e Cultura a que o DN teve acesso, a cargo de uma "Comissão de Segurança" em cada estabelecimento. Dela farão parte representantes de alunos, professores, pais, pessoal auxiliar e ainda das forças de segurança. Contactada pelo DN, a deputada do PS Fernanda Asseiceira, que redigiu o relatório, afirmou que a criação desta comissão "vai depender dos diagnósticos das escolas em matéria de segurança". Já a utilização do cartão deve ser regra: "Já existe em muitas escolas, funciona com sucesso, e permite uma agilização de procedimentos muito benéfica."Apesar de apostar nas novas tecnologias para resolver o velho problema da violência, o relatório alerta para alguns perigos: "Muitas crianças e jovens passam horas diante de consolas de vídeo, da televisão, dos telemóveis ou na Internet. A violência que lhes está acessível está recheada de acções e de sensações". É, por isso, preciso "atenção e imaginação para se proteger a criança ou o jovem de conteúdos nocivos gerados pelo desenvolvimento de uma tecnologia de informação que tan- tas oportunidades oferece", alerta. Mas os professores não foram esquecidos pelo relatório. Para eles, serão preparados programas de formação "que contribuam para o desenvolvimento de competências de gestão e mediação de conflitos".Por entender que as escolas localizadas em ambientes socio-económicos desfavorecidos devem ser alvo de especial atenção, o grupo de trabalho sugere condições de contratualização que permitam o apetrechamento de meios, equipamentos e recursos destes estabelecimentos.O Partido Comunista Português considerou ontem que este relatório defende "uma via securitária e autoritária para a resolução do problema", sendo o único partido a atacar o documento. O deputado Miguel Tiago, que fez parte do grupo de trabalho, criticou a "abordagem superficial" que o relatório faz do fenómeno. "Este é um problema estrutural cuja resolução passa por uma abordagem que vai mais além das soluções de pendor autoritário aqui apresentadas."Para Miguel Tiago, a raiz do problema reside "nas assimetrias sociais, no s tress social a que estão submetidas determinadas comunidades urbanas ou na degradação do parque escolar". Fenómenos que "medidas como a vídeo- vigilância ou a informatização das fichas dos alunos não vão resolver".
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