Alunos aumentam pela primeira vez numa década
9 de Janeiro de 2007, Diário de Notícias
O número de alunos subiu pela primeira vez em mais de uma década. De acordo com dados divulgados ontem pelo Ministério da Educação, em 2006/2007 houve mais 21 192 matrículas em relação ao ano anterior, num total de quase 1,7 milhões de inscritos. Um facto que se deve, quase em exclusivo, ao aumento da oferta de cursos profissionalizantes no 3.º ciclo e secundário.Para o ministério, isto "mostra resultados positivos do combate ao insucesso e abandonos escolares" e significa o "reingresso" de estudantes que tinham abandonado o sistema. Para pais e professores, é um indício "animador". Mas que terá de ser confirmado pelos resultados obtidos pelos alunos. E pela atractividade destes cursos no mercado laboral. À excepção do pré-escolar, que tem vindo a crescer nos últimos anos, os restantes níveis de ensino - básico e secundário - mantinham a tendência de quebra há mais de uma década, tanto no sector público como no privado (ver gráfico). Juntos, perderam mais de 300 mil estudantes entre 1995/96 e 2005/2006.
Porém, no corrente ano lectivo, as matrículas nos cursos de educação e formação (com certificação escolar e profissional) do 3.º ciclo do básico subiram 112%, passando de 11 512 alunos para 24 418. Também no secundário, os cursos profissionais conseguiram captar 11125 novos alunos, contabilizando actualmente 44 466. A esmagadora maioria destes novos estudantes (93%) estão a frequentar estabelecimentos públicos. Só ao nível do secundário, foram este ano lectivo abertos cerca de 650 cursos profissionais públicos. Um crescimento radical em relação aos 72 que eram oferecidos em 2005.A dúvida, para Maria José Viseu, da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), é se este aumento se vai traduzir na real recuperação de alunos: "É claro que para os pais o aumento é bom", admite. "Mas mais do que subir o número de alunos, é importante garantir que estes têm sucesso à saída."O sucesso, explica, passa pela redução das taxas de retenção e abandono. Mas no caso dos cursos profissionais tem ainda de ter em conta o futuro: "Há que ponderar bem o que é oferecido", alerta. "Não adianta, por exemplo, ter um curso profissional de cerâmica se na região não existe oferta de emprego nessa área."
Numa tendência inversa ao crescimento de alunos, o número de docentes do sector público - que subiu até aos 154 170 em 2004/2005-, cai pelo segundo ano consecutivo, cotando-se agora pelos 142 384. Uma descida que para Mário Nogueira, da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), poderá implicar mais alunos por turma, se se confirmar a tendência de subida no secundário".O sindicalista considera "animador" o crescimento do número de estudantes, mas ressalva que falta ainda apurar até que ponto não se trata apenas de "uma transferência de alunos que frequentavam cursos profissionais do sector privado para o sector público".
Porém, no corrente ano lectivo, as matrículas nos cursos de educação e formação (com certificação escolar e profissional) do 3.º ciclo do básico subiram 112%, passando de 11 512 alunos para 24 418. Também no secundário, os cursos profissionais conseguiram captar 11125 novos alunos, contabilizando actualmente 44 466. A esmagadora maioria destes novos estudantes (93%) estão a frequentar estabelecimentos públicos. Só ao nível do secundário, foram este ano lectivo abertos cerca de 650 cursos profissionais públicos. Um crescimento radical em relação aos 72 que eram oferecidos em 2005.A dúvida, para Maria José Viseu, da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), é se este aumento se vai traduzir na real recuperação de alunos: "É claro que para os pais o aumento é bom", admite. "Mas mais do que subir o número de alunos, é importante garantir que estes têm sucesso à saída."O sucesso, explica, passa pela redução das taxas de retenção e abandono. Mas no caso dos cursos profissionais tem ainda de ter em conta o futuro: "Há que ponderar bem o que é oferecido", alerta. "Não adianta, por exemplo, ter um curso profissional de cerâmica se na região não existe oferta de emprego nessa área."
Numa tendência inversa ao crescimento de alunos, o número de docentes do sector público - que subiu até aos 154 170 em 2004/2005-, cai pelo segundo ano consecutivo, cotando-se agora pelos 142 384. Uma descida que para Mário Nogueira, da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), poderá implicar mais alunos por turma, se se confirmar a tendência de subida no secundário".O sindicalista considera "animador" o crescimento do número de estudantes, mas ressalva que falta ainda apurar até que ponto não se trata apenas de "uma transferência de alunos que frequentavam cursos profissionais do sector privado para o sector público".
16.4.07
|
Etiquetas:
Alunos
|
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
0 comentários:
Enviar um comentário