No âmbito do Laboratório de Avaliação da Qualidade Educativa (LAQE), estrutura funcional do Centro de Investigação Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF) da Universidade de Aveiro, foi criado, em Março de 2007, o presente blogue onde são colocadas, notícias da imprensa da área da Avaliação Educativa. Esta recolha tem como principal finalidade avaliar o impacte, nos mass media, das questões de avaliação educativas.

Ministra não diz quantos alunos ficam sem apoio

10.04.07 , Diário de Notícias

A ministra da Educação garante que não recebeu "nenhuma carta aberta" subscrita pelo especialista em ensino especial, Luís de Miranda Correia. Maria de Lurdes Rodrigues reagia assim à notícia de ontem do DN, a dar conta de que 70 mil alunos com necessidades educativas especiais ficarão sem apoio. Resistindo a comentar a notícia, acabou por refutar o teor de algumas das críticas dos investigadores ouvidos pelo DN sobre o estado do ensino especial, deixando, todavia, sem clarificar o número de alunos que poderão estar à margem do apoio. "O trabalho do Ministério da Educação em matéria de ensino especial e de apoio educativo a crianças com necessidades especiais é uma iniciativa muito importante, que tem sido feita com vários peritos", afirmou. A titular da pasta da Educação lembrou a conferência nacional sobre ensino especial, em 2006, e as medidas tomadas. "Reformámos o sistema de afectação e colocação de professores. Estamos a fazer um trabalho muito importante de revisão da legislação, com acompanhamento de peritos", insistiu. "Aquilo que queremos é proporcionar às crianças as melhores condições de ensino e aprendizagem. Tenham elas deficiências, algumas dificuldades, aprendam normalmente ou possuam desenvolvimento excepcional", explicou. "Não comento falsas notícias nem falsas questões", disse a ministra, visivelmente incomodada com os pedidos de esclarecimento dos jornalistas à saída do Museu Marítimo de Ílhavo, onde participou numa iniciativa a assinalar os 30 anos do Poder Local. Lembrou, a propósito, uma notícia anterior a traçar um quadro ainda mais grave. "Há um ano, outra manchete dizia que eram 175 mil. Era bom que as manchetes dos jornais se entendam sobre os números, porque não são dúvidas nem são reais problemas", afirmou, quando confrontada com o facto de o atendimento de alunos com necessidades especiais, segundo os especialistas, estar num "estado calamitoso".

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