Academia do Exército adopta mestrado mesmo sem reforma do ensino militar
A Academia Militar (AM) do Exército, que comemorou 170 anos em Janeiro passado, aplicará no próximo ano lectivo a estrutura de "mestrado integrado" aos seus cursos de formação de oficiais, mesmo que a reforma do Ensino Superior Militar continue bloqueada.Esta é a consequência lógica da reestruturação do curso de formação de oficiais na AM, feita de acordo com o processo de Bolonha naquele sentido e que levou a "um [maior] equilíbrio" entre a área das tecnologias de informação (que aumenta) e a das ciências sociais e do direito (que diminui), explicou ao DN o director da Academia, tenente-general Paiva Monteiro. Ao contrário do Exército e da Força Aérea - que também definiu o mestrado integrado (cinco anos) como necessário para acesso aos quadros permanentes -, a Marinha defende a licenciatura (três a quatro anos) para início de carreira.Esta é uma das decisões que o ministro da Defesa terá de tomar a breve prazo, para harmonizar o acesso às fileiras já no próximo ano lectivo. Se não o fizer até lá, garantiu ao DN um professor da AM, esta academia - que também depende do Ministério do Ensino Superior - avança na mesma para o mestrado integrado.A AM foi a primeira de dez instituições de ensino superior portuguesas a ser avaliada por um júri internacional e recebeu nota positiva, revelou Paiva Monteiro. "Ficámos satisfeitos com a nota bastante positiva" dada pela Associação de Universidades Europeias (EUA, sigla em inglês), apesar das críticas a "aspectos menores" da estrutura da AM, adiantou (apesar de o relatório final ainda não ter sido entregue).Recorde-se que, dos 42 estabelecimentos de ensino superior considerados pelo ministério da tutela para se sujeitarem a avaliação externa, foram escolhidas as universidades de Coimbra, Évora, Algarve, Fernando Pessoa e Lusófona, os institutos politécnicos de Bragança, Leiria e Porto, a Escola Superior de Hotelaria e a AM. O processo termina em Maio. A Comissão de Avaliação Externa, que concluiu os trabalhos na AM a 2 de Março, era constituída pelos ex-reitores Jean Brihault (Universidade de Rennes, França) e Winfried Muller (Universidade de Klagenfurt, Áustria) e, ainda, pelo ex-chefe da direcção de qualidade das universidades irlandesas, Don McQuillan. Entre os documentos enviados ao júri, destaque para os do curso de Guerra de Informação/Competitive Intelligence - considerado uma das 'jóias' da AM e realizado em parceria com a Universidade das Forças Armadas Alemãs, de Munique, e a do Minho.
3.4.07
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Etiquetas:
Ensino Superior
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