Doutorandos da FCUL sem verbas
Sábado, 17 de Fevereiro de 2007 – JORNAL DE NOTÍCIAS
A investigação em Portugal continua a não ser alvo de investimentos. Desta vez são os investigadores doutorandos da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) que não podem fazer qualquer despesa inerente às suas investigações por falta de verbas. A situação foi denunciada pela Associação dos Bolseiros de Investigação Científica (ABIC).De acordo com a ABIC, a situação resulta do facto do "Conselho Directivo da FCUL ter determinado a cativação das verbas transferidas pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) para a FCUL".O presidente do Conselho Directivo da FCUL, Nuno Guimarães, afirmou ao JN que "os trabalhos continuam assegurados e estamos a suportar as situações mais urgentes, com as verbas da faculdade e não do FCT".Isto porque, segundo Nuno Guimarães o "último pagamento que receberam do FCT foi relativo a 2004. Estão ainda em divida as verbas de 2005, 2006 e 2007, das propinas dos alunos em doutoramentos".De referir que cada um dos doutorandos recebe por ano 2750 euros. Na FCUL existem cerca de 400 pessoas nesta situação. A propina para doutoramento é inferior às de licenciatura, de cinco mil euros por aluno por ano. Nuno Guimarães admite que a situação é "complicada. Existe um sub-financiamento crónico. Estamos a navegar à vista como todas as universidades. E a actividade científica tem tido como almofada os custos correntes das universidades, embora lhe tenham sido reduzidas as verbas em orçamento e canalizadas para outras áreas". O presidente do FCT, João Sentieiro, garantiu que todas as instituições vão receber os valores em atraso de 2005 e 2006. Quanto a 2007 só para o ano. VA
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