No âmbito do Laboratório de Avaliação da Qualidade Educativa (LAQE), estrutura funcional do Centro de Investigação Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF) da Universidade de Aveiro, foi criado, em Março de 2007, o presente blogue onde são colocadas, notícias da imprensa da área da Avaliação Educativa. Esta recolha tem como principal finalidade avaliar o impacte, nos mass media, das questões de avaliação educativas.

Alunos escolhem mais com coração do que com cabeça

02.04.07 , Diário de Notícias


Na altura de escolherem um curso, a maioria dos estudantes (39%) elege a "vocação" como o factor decisivo. A "empregabilidade" surge apenas em segundo lugar, sendo o motivo apontado num quarto dos casos (25,5%). Estes dados, constantes do estudo conduzido por especialistas do Centro de Investigação de Políticas do Ensino Superior (CIPES), sugere que os estudantes se comportam como "clientes imaturos" nas suas opções."Não sei se podemos dizer que optam mal", ressalva Diana Amado Tavares, do CIPES. "O que podemos dizer é que eles não optam por critérios racionais. O critério da vocação é sempre subjectivo, sobretudo naquelas idades", explica.Família e amigos decidem Prova desta aparente indecisão dos estudantes são as influências que estes apontam como decisivas na altura de optar. As raparigas valorizam , acima de tudo, a opinião da família. Os rapazes privilegiam os conselhos dos amigos."Estes dois factores pesam mais do que qualquer tipo de informação a que os alunos tenham acesso", diz Diana Tavares, "desde a informação institucional ao que os media dizem sobre os diferentes cursos".Essa realidade, diz, torna-se evidente no aparente fracasso das campanhas publicitárias lançadas pelas universidades e institutos politécnicos. "Sobretudo agora, em que há uma evidente quebra no número de alunos no ensino superior, tem-se assistido a uma grande aposta no marketing e na publicidade, mas não resulta", garante.A investigadora responsabiliza as próprias instituições pela situação actual: "As instituições parecem pouco disponíveis para darem essas explicações aos alunos. E depois", prossegue, "há uma panóplia de nomes de cursos diferentes. E, às vezes, uma pequena diferença de designação pode traduzir grandes diferenças nos conteúdos". Nestas circunstâncias, diz, é natural que os alunos "confiem nos que estão mais próximos". Este fenómeno ajuda a explicar as "modas" que por vezes surgem em torno de alguns cursos.

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