No âmbito do Laboratório de Avaliação da Qualidade Educativa (LAQE), estrutura funcional do Centro de Investigação Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF) da Universidade de Aveiro, foi criado, em Março de 2007, o presente blogue onde são colocadas, notícias da imprensa da área da Avaliação Educativa. Esta recolha tem como principal finalidade avaliar o impacte, nos mass media, das questões de avaliação educativas.

Jovens investigadores desafiados a apresentar projectos brilhantes

Quinta-feira, 5 de Abril de 2007, Jornal de Notícias

Eduarda Ferreira
Nunca estiveram em causa valores tão elevados e, também por isso, a concorrência será forte. Jovens cientistas têm agora, até ao dia 25, a oportunidade de apresentar a sua candidatura a bolsas de início de carreira, no âmbito do programa europeu Ideas, para investigação fundamental. O que se lhes exige é muito serem arrojados, inovadores e excelentes. O interesse em Portugal tem sido grande, mas restará saber quantos passarão o crivo da análise pelos painéis de avaliadores e ainda a selecção através de uma entrevista, ultrapassando milhares de concorrentes. Todos os dias chegam mais candidaturas ao endereço electrónico do Conselho Europeu de Investigação (European Research Council, http//er.europa.eu). E chegam de todo o Mundo, pois esta acção é aberta a investigadores de todos os países que tenham obtido o seu doutoramento há mais de dois e menos de nove anos. Condição é desenvolverem depois o seu projecto numa instituição europeia. Eles terão ao alcance verbas entre 100 e 400 mil euros por ano, podendo o projecto alongar-se por cinco anos. "É uma ocasião única", comenta Teresa Lago, que faz parte do Conselho Científico do European Research Council como representante de Portugal. Adianta a mesma especialista em Astrofísica que estas bolsas são mesmo inéditas só este ano estão disponíveis 280 milhões de euros para jovens investigadores e, pela primeira vez, são dados apoios a quem está em início de carreira e pretende estabelecer a sua independência. Outro factor aliciante é a fácil gestão da bolsa, que não está submetida a negociações do montante nem do contrato. Ainda de acordo com Teresa Lago, o intuito da Comissão Europeia e do seu Centro Europeu de Investigação é o de "financiar os investigadores que são promessa". Ao todo, só para esta acção, estão cativos 300 milhões de euros. Esta é também uma razão para que o concurso de agora seja "uma oportunidade imperdível para os portugueses", segundo as impressões que lhe chegam sobre o processo. Teresa Lago está convicta de que o conjunto de escolhidos "vai fazer prodígios, dado o valor das bolsas e a liberdade concedida aos investigadores".Em Portugal, os esclarecimentos sobre a forma de apresentar candidaturas tem cabido ao GRICES (Gabinete de Relações Internacionais), da Fundação para a Ciência e Tecnologia, que também promove sessões de divulgação destas bolsas. Ana Mateus tem atendido muitos jovens doutorados que demonstram interesse em relação a estas "early stage grants" e também ela sublinha a necessidade de um projecto excelente aliado a um investigador excelente. E refere também a necessidade de uma proposta de oito páginas bem fundamentada e redigida em Inglês. Um alerta, ainda, para que não se perca um futuro cientista de topo o prazo termina mesmo dia 25 de Abril, às 16 horas de Lisboa e será de esperar o congestionamento do endereço electrónico de entrega das propostas nos últimos dias. Todas as áreasEstes apoios para jovens doutorados destinam-se a investigação fundamental (sem obrigação de descobrir aplicações práticas) e abrangem todas as áreas, incluindo as ciências humanas e sociais.Excelência, antes de tudoSó mesmo os melhores e os mais arrojados na proposta farão parte do grupo de 300 a 400 escolhidos. São esperadas cerca de três mil candidaturas. Chamar os bons à Europa Os jovens seleccionados podem ser oriundos de qualquer país do Mundo. Pretende-se, assim, que a Europa chame de volta os valores que se encontram, por exemplo, nos Estados Unidos, e atrairos mais brilhantes, independentemente da nacionalidade. Os bolseiros podem constituir a sua própria equipa.Em terreno europeuA instituição escolhida pelo jovem cientista para desenvolver a sua linha de trabalho terá de ser europeia. Há a possibilidade de troca de instituição de acolhimento, por decisão do bolseiro. A equipa que este formar pode ser nacional ou integrar elementos de diversas nacionalidades.Decisão talvez em Agosto Em Julho, já deverá haver uma decisão do júri. Quem for seleccionado para a segunda fase terá uma entrevista pessoal, talvez em Agosto, para fazer a defesa do seu projecto.Portugueses interessadosOs pedidos de informações por parte de jovens portugueses têm sido mais numerosos para as áreas das ciências biológicas e da vida, bem como das ciências físicas.

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