Reprovações e desistências só aumentam no 9.º ano
2 de Março de 2008, Jornal de Notícias
Foi uma descida generalizada do insucesso escolar no último ano, a que a ministra da Educação saudou ontem. Os registos divulgados pelo Governo confirmam os bons indicadores, com uma quebra das reprovações ou desistências em todos os anos lectivos, com uma única excepção o 7º ano, do terceiro ciclo, que inverte a descida que vinha a conhecer desde 2002. O dado não é surpreendente - a passagem entre ciclos de escolaridade já tinha sido apontada como um problema pela ministra.Quanto aos outros anos lectivos, tudo parece melhorar. Nota simbólica para o 12º ano, cujos cursos gerais viram a taxa de insucesso baixar mais de 10 pontos, para os 36,6%. Ainda assim, o 12º, assim como o 7º e 9º anos de escolaridade continuam a ter uma taxa de abandono muito acima da média europeia.Os dados, divulgados em cima da fase de maior contestação às políticas do ministério, foram prontamente saudadas pelas associações de pais - mas com um reparo "O grande problema dos resultados é no 2º e 3º ciclos e deve-se ao excesso de disciplinas, que chegam às 14, e levam ao esgotamento do aluno, especialmente no 9º ano", afirmou Albino Almeida, da Confap.Já a Fenprof, principal sindicato de professores, atribuiu a melhoria dos resultados "ao trabalho dos professores", mas desvalorizou a tendência "Às vezes as estatísticas escondem realidades muito complicadas", afirmou Mário Nogueira, salientando que "é preciso saber se com o aumento das taxas de sucesso aumentou também a qualificação dos alunos".A ministra da Educação discorda "É uma melhoria notável que só se pode ter verificado em resultado do trabalho dos professores e das escolas com os seus alunos, um trabalho de recuperação das aprendizagens, mas também de diversificação das ofertas formativas, respondendo às expectativas dos alunos".
2.3.08
|
Etiquetas:
Educação - geral
|
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
0 comentários:
Enviar um comentário