No âmbito do Laboratório de Avaliação da Qualidade Educativa (LAQE), estrutura funcional do Centro de Investigação Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF) da Universidade de Aveiro, foi criado, em Março de 2007, o presente blogue onde são colocadas, notícias da imprensa da área da Avaliação Educativa. Esta recolha tem como principal finalidade avaliar o impacte, nos mass media, das questões de avaliação educativas.

Notícias frescas de há 4,6 mil milhões de anos

17.03.08, Diário de Notícias

Em Setembro de 2004, quando os planos de aterragem falharam e a Genesis se espatifou no deserto do Utah, nos Estados Unidos, poucas esperanças restaram de que os dois anos que a sonda gastou recolher informação a 1,5 milhões de quilómetros da Terra e os mais de 170 milhões de euros gastos na missão não estivessem totalmente perdidos. Porém, os esforços de recuperação das amostras recolhidas, desenvolvidos nos três anos seguintes por uma equipa da Nasa, permitiram salvar o trabalho e o investimento e os resultados estão finalmente disponíveis. Graças a esses 800 dias de actividade da Genesis, será agora possível à comunidade científica responder a uma questão de vital importância para a compreender a forma como se formou o sistema solar. A saber: qual a composição atómica do oxigénio no momento em que tudo começou.Os resultados foram apresentados este fim-de-semana na 39.ª Conferência de Ciência Lunar e Planetária, realizada em Houston, nos Estados Unidos, e trazem notícias frescas sobre algo que se passou à 4,6 mil milhões de anos. A partir deles, a investigação científica ganha informação essencial para perceber de que forma o oxigénio se desenvolveu de diferentes formas em diferentes planetas do sistema solar e, no limite, que impacto esse evolução teve na origem da vida na Terra.Para já, é possível perceber que o Sol foi enriquecido com a forma mais comum de oxigénio (conhecido como oxigénio 16) existente na Terra e nos meteoritos. Há outras formas - ou isótopos - de oxigénio (o 17 e o 18), que apresentam diferentes massas atómicas, e que se encontram em proporções muito diversas em diferentes partes do sistema.Ora, segundo explica Kevin McKeegan, investigador da Universidade da Califórnia (UCLA) e membro da equipa que lidera o projecto Genesis, "medir a composição primordial do oxigénio no sistema solar estabelece uma base importante de conhecimento para compreendermos a forma como os planetas evoluíram posteriormente. E essa," acrescenta o cientista, "era a grande prioridade da missão da Genesis." A informação recuperada nestes três anos, conclui McKeegan, " é ainda muito recente para nós, mas é já possível garantir que a experiência funcionou."

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