Avaliação nas mãos das escolas
13 de Março de 2008, Jornal de Notícias
Os professores avaliadores poderão ser dispensados da observação de aulas aos colegas que têm de avaliar, desde que "as escolas fundamentem ao Ministério da Educação os motivos "de défice" que as impossibilitam de cumprir esse procedimento. Os cerca de 7000 docentes - contratados ou em vias de progressão na carreira - terão mesmo de ser avaliados no terceiro período.O processo não será adiado nem suspenso. As escolas têm é autonomia para estipular o seu calendário - desde que todos os professores sejam avaliados até final de 2009 - e "simplificarem" procedimentos como a "definição dos objectivos e a recolha de elementos", garantiu ontem a ministra da Educação, no final de uma reunião com o Conselho de Escolas. Minutos antes de Maria de Lurdes Rodrigues falar na 5 de Outubro, a Fenprof anunciava à Imprensa as suas condições para um entendimento com o Ministério a "suspensão inequívoca" do processo de avaliação este ano lectivo e a sua aplicação "a título experimental" durante o próximo. A Fenprof reúne-se amanhã com o secretário de Estado, Jorge Pedreira. Se o ME não aceitar as condições, os sindicatos só negociarão com o primeiro-ministro, frisou. Entretanto, a convocação para um protesto à porta do pavilhão onde sábado se realizará o comício de apoio ao Governo, no Porto, já circula entre os telemóveis dos docentes.Lurdes Rodrigues recusou-se a adiantar uma resposta à Fenprof, mas sublinhou que "há sempre matérias sindicais", decorrentes das condições de trabalho dos professores, além do processo de avaliação, como "questões salariais".A ministra recordou que vai ser aberto um concurso extraordinário para professores titulares. E também será ministrada formação aos presidentes dos conselhos executivos, coordenadores de departamentos e professores avaliadores. Até sobre as fichas de "auto-avaliação" desde que os docentes solicitem. O ME também garantiu ao CE "o reforço dos meios", nomeadamente em termos de coordenação de horários e remunerações para os docentes envolvidos no processo de avaliação. A ministra garantiu que nenhuma escola comunicou ao ME a suspensão da avaliação. Há apenas "dúvidas" pontuais e muitas dessas "dificuldades" surgem da "guerrilha" e "contra-informação" veiculada pelos sindicatos e Imprensa, argumentou.Recorde-se que, anteontem, após reunião com Jorge Pedreira, Mário Nogueira classificou de "luz ao fundo do túnel" a disponibilidade da tutela para negociar. Ontem, a ministra referiu que o Ministério transmitiu à Fenprof o entendimento da tutela com o Conselho de Escolas e a "garantia" de modelos simplificados".
13.3.08
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