Escolas querem mais tempo para avaliar
11 de Março de 2008, Jornal de Notícias
Os professores contratados (5000) e os professores efectivos em condições de passar de escalão (2000) têm de estar avaliados no final do ano lectivo, sublinhou ontem ao JN o Ministério da Educação, recusando que seja impossível atingir essa meta este ano.Ontem, no primeiro dia de aulas depois da "marcha da indignação", ficou a saber-se que a maioria dos estabelecimentos de ensino pediu o adiamento do processo de avaliação alegando "grandes dificuldades" na sua aplicação este ano lectivo. "A maior parte das escolas afirma não estar em condições de avançar e, por isso, solicita que a aplicação do processo arranque apenas em 2008/09", revelou Álvaro Almeida dos Santos, do Conselho das Escolas (CE), falando de "falta de maturação dos instrumentos, ausência de recomendações específicas do Conselho Científico, bem como a complexidade de todo o processo".Os problemas reportados levaram o CE a requerer à tutela uma reunião extraordinária, a realizar amanhã, na qual os professores pretendem salientar "a necessidade de serem dadas condições para o desenvolvimento mais eficaz da avaliação".Ao JN, Rui Nunes, volta a sublinhar que o processo tem de estar completo no final do ano lectivo de 2008/09. E argumenta que foi dada autonomia às escolas para procederem segundo os seus próprios calendários. A confirmar o processo a duas velocidades, o JN identificou, ontem, duas escolas de Lisboa que já lançaram o processo.Do ponto de vista político, o Governo prosseguiu numa verdadeira campanha de esclarecimento pelas televisões. Na SIC-Notícias, Pedro Silva Pereira voltou a dar nota da "disponibilidade" para ajustar o processo de avaliação dos docentes, considerando uma vez mais "essencial" que a própria avaliação e o timing previsto se mantenham.Quanto à manutenção de Maria de Lurdes Rodrigues no cargo, o ministro da Presidência foi claro "Há muitas mais reformas a fazer e haverá muitas mais manifestações", afirmou, garantindo que a ministra "já foi capaz" (e continuará a sê-lo) de implementar reformas sob contestação.Logo depois, também na SIC--Notícias, a deputada socialista Maria de Belém apoiava a ministra, mas aconselhando "diálogo", "atenção aos avisos do presidente da República" e até que a ministra se sente à mesa das negociações com os sindicatos. Já António Vitorino sugeriu um modelo experimental de avaliação dos professores, de um ano ou ano e meio, cuja instância de supervisão seria aberta à participação dos professores.
11.3.08
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Avaliação
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