Estudo diz que Portugal paga bem a bolseiros
As bolsas de doutoramento que Portugal atribui a investigadores científicos ultrapassam os valores praticados em países como a Espanha e a Alemanha, quando realizadas no País, e estão mesmo entre as "melhores" quando o bolseiro desenvolve a sua actividade no estrangeiro. Esta é, pelo menos, a conclusão de um relatório elaborado pela consultora Delloite, a pedido da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).No estudo, conclui-se que, tendo em conta a bolsa e os subsídios adicionais, o Estado português atribui 15 448 euros anuais a um estudante que faça o doutoramento no País, um valor àquem dos 18 882 atribuídos pelo Research Council of Canada ou dos cerca de 18 mil euros do United Kingdom Research Council, mas próximo dos 15 900 da Academia da Finlândia e bastante acima dos 11 085 do Ministerio de Educación y Ciência, em Espanha, ou dos 10 671 da Max Planck Society alemã. Quando a bolsa é no estrangeiro, os apoios portugueses chegam aos 34 800, liderando a mesma lista.Contactado pelo DN, João Sentieiro, presidente da FCT, explicou que o estudo foi encomendado porque "havia algum receio na comunidade científica, nomeadamente entre os bolseiros, de que não estaríamos a ser competitivos, até em ter- mos de atracção de bolseiros de outros países".Em relação a este último caso, referiu que, apesar de não existirem números totais, já é possível dizer que "há mais estrangeiros em pós- -doutoramentos em Portugal do que portugueses a fazê-los no exterior".
Investimento abaixo da UE
O relatório confirma, no entanto, que ao nível do investimento na Investigação e Desenvolvimento (I&D) Portugal gasta apenas 0,81% do Produto Interno Bruto, menos de metade dos 1,84% da média da União Europeia. João Sentieiro admitiu que "apesar do esforço actual" e dos "sinais de que estamos a aproximar-nos" dos parceiros comunitários (ver caixa), os números revelam que "temos de aumentar o investimento".
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