No âmbito do Laboratório de Avaliação da Qualidade Educativa (LAQE), estrutura funcional do Centro de Investigação Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF) da Universidade de Aveiro, foi criado, em Março de 2007, o presente blogue onde são colocadas, notícias da imprensa da área da Avaliação Educativa. Esta recolha tem como principal finalidade avaliar o impacte, nos mass media, das questões de avaliação educativas.

Resultados dos alunos só pesam 6,5%

07.03.08, Diário de Notícias

O Ministério da Educação divulgou ontem um conjunto de "perguntas e respostas" sobre a avaliação do desempenho dos professores onde, entre outros aspectos, desvalorizou o impacto dos resultados dos alunos na avaliação."O progresso escolar dos alunos é apenas um dos critérios de avaliação, a par de muitos outros, tendo uma ponderação de apenas 6,5% no total das duas fichas de avaliação", explica a nota, que considera também "impossível" que este factor contribua para inflacionar as notas dos estudantes: "Isso não é possível, porque não são as notas que contam, mas, sim, os progressos observados", justifica o Ministério, acrescentando que as classificações são "públicas, comparáveis, recorríveis e facilmente escrutináveis".Outra questão que a tutela desvaloriza é a opinião das famílias sobre os professores, lembrando que "a apreciação dos pais e encarregados de educação é considerada na avaliação dos professores apenas se estes o aceitarem". O documento minimiza também a necessidade de sujeitar a avaliação dos professores a uma fase experimental, considerando que, "com as suas especificidades", o processo é "similar ao da avaliação dos funcionários públicos", assentando por isso num "modelo já experimentado e que oferece garantias de fiabilidade". De resto, a tutela garante que esta reforma foi amplamente discutida com os sindicatos: "Não é verdade que não tenha havido negociação", afirma-se no documento. " O Estatuto da Carreira Docente, que introduz este sistema de avaliação, esteve em negociação desde 2006, e especificamente as regras de avaliação estiveram sujeitas a mais de 100 reuniões de negociação [com os sindicatos] ao longo do ano de 2007. O diploma acabou no entanto, recorde-se, por ser aprovado com o voto contra de todas estas estruturas.Na lista de justificações para a necessidade de implementar este regime, a tutela inclui a "melhoria do trabalho dos professores" e consequentes melhorias dos "resultados escolares e a qualidade do ensino e aprendizagem". Sobre o anterior modelo de avaliação, a tutela lembra que - devido à inexistência de quotas para a progressão e de avaliação externa- todos os docentes progrediam.

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