Tolerância zero para telemóveis no Carolina Michaëlis
31 de Março de 2008, Jornal de Notícias
Tolerância zero para telemóveis na escola Carolina Michaëlis. A solução proposta pela Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) entra hoje em vigor, primeiro dia de aulas desde que se tornou pública a agressão da aluna Patrícia à professora Adozinda Cruz. Os aparelhos interceptados dentro da sala de aula serão confiscados, sendo eventualmente entregues à PSP, a instituições de caridade ou à família, no final do ano lectivo."Trata-se de um objecto ilícito à luz do regulamento da escola. Os aparelhos retirados aos alunos já eram devolvidos às famílias no dia seguinte. Não deixa de ser lamentável que muitos encarregados de educação se recusem a ir buscar os aparelhos, alegadamente por concordarem com a sanção. O facto é que muitos desses alunos apareciam no dia seguinte com outro telemóvel. Isto acontece em várias escolas. A questão é que esta medida de apreensão só faz sentido se os pais se envolverem", afirma Margarida Moreira, directora da DREN.O dia de hoje não será marcado por qualquer aula de civismo. Haverá, isso sim, uma reflexão e debate profundo sobre civismo, envolvendo professores e alunos. Essa reflexão interna durará pelo menos até ao final do ano. Quanto às aulas de Francês, o Conselho Executivo da escola encontrou uma solução interna para substituir Adozinda Cruz, pelo menos durante uma ou duas semanas. "Ela está muito fragilizada devido à exposição pública a que foi sujeita", esclarece Margarida Moreira. A DREN ainda não falou directamente com a docente, mas a sua substituição formal só terá lugar se for desaconselhável o seu regresso ao serviço docente ou à leccionação na turma do 9.º C.Ainda quanto à reflexão conjunta de docentes e discentes da Carolina Michaëlis, Margarida Moreira sublinha que seria intolerável fazer de conta que nada se passou neste regresso às aulas. "Preocupam-me, sobretudo, os alunos mais novos que frequentam aquela escola. Depois de toda a exposição mediática do caso, aquelas cabeças devem estar um pouco confusas".O Rafael, o aluno que filmou tudo, recorreu às novas tecnologias para registar uma agressão, não se apercebendo das consequências da introdução do vídeo no YouTube. "Os miúdos não estão preparados para estes novos tempos. O aluno em causa não teve qualquer dificuldade em introduzir o vídeo, mas quando se apercebeu do seu impacto foi retirá-lo do YouTube", conta Margarida Moreira.
31.3.08
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Etiquetas:
Educação - geral
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