Notas dos alunos pesam 6,5 por cento na avaliação de desempenho dos professores
O Ministério da Educação (ME) anunciou hoje que os resultados dos alunos vão ter um peso de 6,5 por cento na classificação final da avaliação de desempenho dos docentes, rejeitando que este critério vá inflacionar as notas dos estudantes.Num documento intitulado "Perguntas frequentes sobre avaliação de desempenho dos professores", o ME afirma que "o progresso escolar dos alunos é apenas um critério de avaliação a par de muitos outros, tendo uma ponderação de apenas 6,5 por cento no total das duas fichas de avaliação".O resultado final da avaliação do docente corresponde à classificação média das pontuações obtidas em cada uma das fichas de avaliação: uma preenchida pelo coordenador de departamento curricular e outra da responsabilidade do conselho executivo.Por outro lado, a tutela sublinha que as notas dos alunos não vão ser inflacionadas por se considerar este parâmetro na avaliação dos docentes, já que "não são as notas que contam, mas sim os progressos observados". "Existem mecanismos que impedem a mera inflação artificial das notas: são comparados resultados dos alunos num ano com os do ano anterior, com outros alunos da mesma disciplina e com outras disciplinas da mesma turma, ou com os objectivos definidos pelas escolas", afirma o ME. "Estão também definidos mecanismos de correcção de desvios, tendo em conta as diferenças entre classificações internas e classificações externas", acrescenta o documento.Para progredir na carreira, um professor terá de ter uma classificação igual ou superior a "Bom". No entanto, estão ainda para ser definidas quotas máximas para a atribuição das notas de "Muito Bom" e "Excelente".Até ao final deste ano lectivo serão avaliados os professores contratados e até ao final do ano civil de 2009 os restantes professores, a larga maioria.O modelo de avaliação de desempenho implementado pelo Ministério da Educação tem sido alvo de forte contestação, com todos os partidos da oposição a exigir a sua suspensão. É também um dos motivos que leva os professores a manifestarem-se sábado na "Marcha da Indignação".
7.3.08
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