Viagem pelo passado e o futuro da Terra
Cenários de longo prazo incluem glaciação
A ciência pode prever o futuro a um prazo de 500 milhões de anos, altura em que a Terra será submetida ao brilho mais intenso do Sol, ficando com atmosfera semelhante à de Vénus. A ciência é capaz de fazer o retrato da história do próprio Universo, a ponto de saber como ele começou. E, no entanto, em relação aos próximos 50 ou cem anos, é difícil fazer previsões, dadas as incertezas que envolvem o futuro próximo da humanidade.Esta é uma das ideias centrais do novo livro de Filipe Duarte Santos, professor de Física na Universidade de Lisboa e um dos peritos nacionais em alterações climáticas. Editado pela Gradiva, Que Futuro? Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento e Ambiente é um ambicioso volume de divulgação científica, que levou seis anos a escrever, e que trata de aspectos tão diversificados como a história da ciência moderna, o aquecimento global, os problemas contemporâneos e até a possível alteração da espécie humana."A ciência permite reconstituir o passado e projectar o futuro. No entanto, dadas as pressões de população, os problemas de energia, a conflitualidade, temos [os próximos] 50 a cem anos em que não somos capazes de fazer grandes projecções", explicou ao DN o autor.Segundo Filipe Duarte Santos, vivemos numa época de "grande incerteza", com o aparecimento de novos poderes, com as questões energéticas, a pobreza e as alterações do clima. Depois de abordar outra das ideias centrais do livro, de que a civilização, a tecnologia e a ciência têm limites, Filipe Duarte Santos dedica uma parte do seu livro ao futuro do planeta.Num prazo de 50 mil anos, segundo o cientista, "uma nova época glacial é muito provável". Actualmente, vivemos num período interglacial, mas este tempo mais quente "é particularmente estável e longo", pois a duração normal dos períodos interglaciais tem sido de dez mil anos e o actual já dura há 12 mil anos, tendo permitido o desenvolvimento da Civilização contemporânea. "Sabemos quais são os mecanismos que provocam a alternância: pequenas variações da órbita da Terra em torno do Sol", explicou o cientista. Também "é provável" que o próximo período glacial "se atrase", devido ao efeito de estufa.A longo prazo, a Terra deixará de ser o planeta azul. O período temporal é de 500 milhões de anos, e os seres humanos terão colonizado outros planetas. O Sol brilhará de forma mais intensa, os oceanos vão evaporar-se e a atmosfera será irrespirável. Este é um dos cenários descritos neste ambicioso livro, que termina com um capítulo sobre os discursos ambientais e a respectiva capacidade de resolver o problema climático do nosso tempo.
A ciência pode prever o futuro a um prazo de 500 milhões de anos, altura em que a Terra será submetida ao brilho mais intenso do Sol, ficando com atmosfera semelhante à de Vénus. A ciência é capaz de fazer o retrato da história do próprio Universo, a ponto de saber como ele começou. E, no entanto, em relação aos próximos 50 ou cem anos, é difícil fazer previsões, dadas as incertezas que envolvem o futuro próximo da humanidade.Esta é uma das ideias centrais do novo livro de Filipe Duarte Santos, professor de Física na Universidade de Lisboa e um dos peritos nacionais em alterações climáticas. Editado pela Gradiva, Que Futuro? Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento e Ambiente é um ambicioso volume de divulgação científica, que levou seis anos a escrever, e que trata de aspectos tão diversificados como a história da ciência moderna, o aquecimento global, os problemas contemporâneos e até a possível alteração da espécie humana."A ciência permite reconstituir o passado e projectar o futuro. No entanto, dadas as pressões de população, os problemas de energia, a conflitualidade, temos [os próximos] 50 a cem anos em que não somos capazes de fazer grandes projecções", explicou ao DN o autor.Segundo Filipe Duarte Santos, vivemos numa época de "grande incerteza", com o aparecimento de novos poderes, com as questões energéticas, a pobreza e as alterações do clima. Depois de abordar outra das ideias centrais do livro, de que a civilização, a tecnologia e a ciência têm limites, Filipe Duarte Santos dedica uma parte do seu livro ao futuro do planeta.Num prazo de 50 mil anos, segundo o cientista, "uma nova época glacial é muito provável". Actualmente, vivemos num período interglacial, mas este tempo mais quente "é particularmente estável e longo", pois a duração normal dos períodos interglaciais tem sido de dez mil anos e o actual já dura há 12 mil anos, tendo permitido o desenvolvimento da Civilização contemporânea. "Sabemos quais são os mecanismos que provocam a alternância: pequenas variações da órbita da Terra em torno do Sol", explicou o cientista. Também "é provável" que o próximo período glacial "se atrase", devido ao efeito de estufa.A longo prazo, a Terra deixará de ser o planeta azul. O período temporal é de 500 milhões de anos, e os seres humanos terão colonizado outros planetas. O Sol brilhará de forma mais intensa, os oceanos vão evaporar-se e a atmosfera será irrespirável. Este é um dos cenários descritos neste ambicioso livro, que termina com um capítulo sobre os discursos ambientais e a respectiva capacidade de resolver o problema climático do nosso tempo.
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