No âmbito do Laboratório de Avaliação da Qualidade Educativa (LAQE), estrutura funcional do Centro de Investigação Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF) da Universidade de Aveiro, foi criado, em Março de 2007, o presente blogue onde são colocadas, notícias da imprensa da área da Avaliação Educativa. Esta recolha tem como principal finalidade avaliar o impacte, nos mass media, das questões de avaliação educativas.

Transição de ciclos faz elevar taxa de retenção

26 de Novembro de 2007, Jornal de Notícias

A transição de ciclos corresponde sempre a um agravamento das taxas de retenção e abandono escolar. O 7.º ano de escolaridade é o mais penalizador do Ensino Básico 23,19% dos alunos ficaram retidos em 2001/2, enquanto, no mesmo ano escolar, 34,50% dos alunos do 10.º ano reprovaram. Para o sociólogo Pedro Abrantes, não há dúvida de que a transição de ciclos é um momento de exclusão e selecção dos alunos. Num estudo de investigação, o sociólogo verificou que, embora haja uma subida das taxas de insucesso no primeiro ano de cada ciclo, esta parece particularmente relevante na passagem do 6.º para o 7.º ano.Na sua opinião, se o fim da monodocência e mudança de escola podem justificar a elevada taxa de retenção no 5.º ano, o mesmo argumento não justifica a ainda mais elevada taxa de reprovação no 7.º ano. Pedro Abrantes refere que o problema não é novo e está há muito identificado pelo Ministério da Educação."Criaram agrupamentos verticais, em que seria suposto as escolas dos três ciclos do Ensino Básico trabalharem em rede, evitando os problemas gerados pela transição, só que isso não acontece. As escolas e os professores continuam de costas voltadas uns para os outros", disse ao JN o sociólogo. Pedro Abrantes concluiu, no seu estudo, que o efeito da transição é mais penalizador para as classes sociais desfavorecidas e para os rapazes.

0 comentários: