No âmbito do Laboratório de Avaliação da Qualidade Educativa (LAQE), estrutura funcional do Centro de Investigação Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF) da Universidade de Aveiro, foi criado, em Março de 2007, o presente blogue onde são colocadas, notícias da imprensa da área da Avaliação Educativa. Esta recolha tem como principal finalidade avaliar o impacte, nos mass media, das questões de avaliação educativas.

Asteróide próximo da Terra expele meteoritos

20.11.07, Diário de Notícias

Meteoritos que caem na Terra são expelidos por um asteróideTrês meteoritos que cruzaram os céus de Espanha e Finlândia no Verão de 2006 permitiram aos cientistas localizar, pela primeira vez, a existência de pelo menos um asteróide próximo da Terra que expulsa fragmentos dos meteoritos , arrastando-os até ao nosso planeta.Embora os peritos já dessem por adquirido que alguns dos denominados objectos próximos da Terra (NEO na sigla inglesa) eram produtores de meteoritos, ainda não se havia localizado nenhum. Agora, graças ao avistamento de três brilhantes meteoritos, os investigadores determinaram, sem margem para dúvidas, que dois deles provêm do asteróide 2002NY40, enquanto o terceiro poderia vir do 2004NL8, noticiou ontem o jornal El Mundo.O espanhol Josep Maria Trigo, do Instituto de Ciências do Espaço e do Instituto de Ciências Espaciais da Catalunha, dirigiu o grupo internacional de investigadores que conseguiu determinar a órbita no sistema solar dos meteoritos, cujas trajectórias ao sobrevoar a atmosfera terrestre foram registados a partir de várias estações de observação.Para determinar se um meteorito que atinge o nosso planeta provém de um objecto conhecido "compara-se a sua órbita no sistema solar com a de milhares de asteróides", explica aquele investigador. Se se encontrar alguma coincidência, como neste caso, os investigadores ainda tentam outra forma de confirmação, calculando as trajectórias passadas tanto dos asteróides como dos seus fragmentos para ver se se mantém a coincidência das órbitas.Os resultados indicam que o asteróide 2002NY40 percorreu um caminho semelhante ao dos fragmentos que caíram na Terra durante dezenas de milhar de anos, o que revela uma proveniência comum. Por outro lado, o estudo das imagens dos meteoritos também corrobora esta conclusão, uma vez que a composição química dos meteoritos é igual à do NEO do qual se separaram.Os dois asteróides produtores de meteoritos têm órbitas próximas da Terra e de Marte e são pilhas de escombros espaciais, parecidos na sua débil constituição, ao cometa Itokawa, que a sonda japonesa Hayabusca acaba de estudar em detalhe. "São asteróides com uma fraca coesão", diz Josep Maria Trigo.O cenário mais provável é que ambos se tenham partido em milhares de pedaços ao passar junto a um destes planetas, devido às forças gravitacionais. Três desses fragmentos caíram na Terra com poucos dias de diferença, provocando um grande brilho e luminosidade no céu, o que chamou a atenção dos cientistas. A descoberta foi fruto de uma colaboração internacional entre a Rede Espanhola de Investigação sobre Bólides e Meteoritos, a Rede Finlandesa de Bólides e a Queen Mary University of London, onde se realizou o estudo sobre a evolução das órbitas ao longos dos últimos cem mil anos.Na parte espanhola também participou o Instituto de Astrofísica da Andaluzia, que registou o meteorito associado ao asteróide 2002NY40 a 31 de Agosto do ano passado, quando sobrevoava a localidade de Cortes de La Frontera, situada na região de Málaga.A imagem da queda daquele meteorito foi registada, assemelhando-se a um traço de luz diagonal e acabou por fazer toda a diferença no estudo dos asteróides que cercam o planeta Terra.

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