Alunos do Politécnico de Viseu manifestam-se contra alegadas ilegalidades na instituição
Uma centena de alunos manifestou-se hoje contra alegadas ilicitudes no Instituto Politécnico de Viseu (IPV), nomeadamente o atraso nas eleições para a presidência, considerando que este vive "uma grave crise institucional".A Associação Académica do IPV tinha apelado aos alunos que esta manhã se manifestassem frente aos serviços centrais contra "as ilegalidades e a falta de estratégia", mas apenas compareceu uma pequena percentagem dos nove mil alunos das escolas do instituto. Frente ao edifício onde se realizava a reunião do conselho geral do IPV, os alunos exibiam faixas com as inscrições "Ilegalidades não!" e "senhor ministro actue".Alexandre Santos, presidente da Associação de Estudantes da Escola Superior de Tecnologia, explicou aos jornalistas que a reunião do conselho geral "é ilegal", porque João Pedro Barros, que a convocou, já acabou o seu mandato de presidente do IPV em Abril. Avisou que, por isso, os estudantes irão "contestar todas as decisões que sejam tomadas hoje", por não as considerarem legítimas, e exigiu que "se proceda às eleições o mais rapidamente possível".Entre as dez questões que motivaram a acção de protesto dos alunos, encontra-se ainda a existência de cancelas em todas as entradas do parque de estacionamento, a ausência de resposta a medidas consideradas importantes para os alunos e a falta de apoio aos alunos dos Países Portugueses de Língua Oficial Portuguesa.Os alunos queixam-se também do aumento das propinas, considerando que tal não aconteceria se "o IPV reduzisse os 25 por cento que tira às escolas, com a aplicação da mais elevada taxa de cativação do país".Antes de entrar para a reunião, João Pedro Barros deslocou-se ao local onde decorria a manifestação e garantiu aos jornalistas que, de todos os pontos, "não há só um verdadeiro". "Terminei realmente o meu mandato a 19 de Junho, devia ter decretado no dia 19 de Abril o início do processo eleitoral. O início, porque não se sabe nunca quando é que esse processo vai acabar. Afinal, as eleições foram decretadas no dia 6 de Junho, praticamente uns dias depois", contou.Segundo João Pedro Barros, actualmente "estão a ser realizadas eleições nas escolas", para depois "se constituir uma assembleia para se marcarem eleições". "Mas, ao mesmo tempo, vai decorrer o processo da feitura dos estatutos que vão regulamentar a vida do IPV, em função do novo regime do ensino superior", garantiu.O dirigente associativo frisou que os dez argumentos usados para avançar para a manifestação são "o símbolo da manipulação que está a ser feita aos alunos" e, sem avançar nomes, referiu que os manifestantes eram "meia dúzia de alunos da (Escola Superior de) Tecnologia, mais nada"."São meia dúzia de indivíduos que fazem esta manipulação toda, estão aqui alunos apenas de uma das áreas da escola, não há aqui ninguém de Lamego ou da Escola de Educação. É fácil levar estes miúdos, fazendo-lhes ver que têm obrigação de tomar determinadas atitudes", considerou.João Pedro Barros explicou que, no conselho geral de hoje, o que se pretende é trabalhar para "a estabilidade do instituto, para depois passar para o próximo presidente", considerando que é o facto de os novos estatutos imporem um determinado perfil para se poder ser presidente" que "movimenta algumas pessoas". "O senhor ministro sabe perfeitamente que as eleições, de acordo com a inspecção, têm de ser feitas até ao fim do mês de Janeiro. Eu tenho que aguentar firme porque não há vazio de poder na administração pública, embora tenha uma vontade muito grande em ir-me embora", afirmou aos jornalistas.
27.11.07
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Etiquetas:
Alunos,
Ensino Superior
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