No âmbito do Laboratório de Avaliação da Qualidade Educativa (LAQE), estrutura funcional do Centro de Investigação Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF) da Universidade de Aveiro, foi criado, em Março de 2007, o presente blogue onde são colocadas, notícias da imprensa da área da Avaliação Educativa. Esta recolha tem como principal finalidade avaliar o impacte, nos mass media, das questões de avaliação educativas.

Atraso nas bolsas afectou as principais universidades do País

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10.11.07, Diário de Notícias

Os alunos bolseiros das universidades de Coimbra, Porto e da Universidade Nova (Lisboa) não tinham até ontem recebido qualquer verba dos apoios relativos a este ano lectivo. E a Universidade "Clássica" de Lisboa só na terça-feira passada transferiu os primeiros valores para a conta dos estudantes.Os responsáveis das instituições que o DN conseguiu contactar responsabilizaram a Direcção-Geral do Ensino Superior (DGES), que enviou as verbas no dia 5 deste mês, com mais de uma semana de atraso em relação aos prazos normais. Fonte da Universidade de Coimbra - onde, segundo notícia do JN , alguns alunos mais carenciados, com bolsas até 450 euros, estavam "sem dinheiro para comer" - disse ao DN que a instituição transferiu ontem as verbas "relativas à prestação de Setembro" para as contas dos alunos, "que deverão ter o dinheiro disponível na segunda-feira". Este elemento culpou inteiramente a tutela pelo atraso: "É preciso dizer que se trata de valores a cargo do ministério. Todos os apoios que a Universidade de Coimbra atribui por sua iniciativa, nomeadamente a alunos não abrangidos por estas bolsas, têm sido pagos, e temos dado o apoio possível aos restantes".Em comunicado, a Universidade de Coimbra acrescentou que "só no dia 6 de Novembro" recebeu da tutela o valor de 668 969 euros, relativos ás verbas deste ano e ao 11.º mês do anterior, acrescentando que "desde Setembro" os seus serviços de acção social "têm vindo a manifestar a sua preocupação à tutela pelo atraso".A pesar de tudo, deparados com uma situação semelhante, os serviços da Universidade de Lisboa parecem ter sido mais rápidos a actuar: "Houve de facto um atraso da DGES, que costuma pagar as primeiras verbas a 24 ou 25 de outubro, mas recebemos o dinheiro segunda-feira e, no dia seguinte, os alunos já o tinham na conta", disse ao DN António Sobral, assessor de imprensa da instituição.Fonte do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, assumiu o "invulgar" atraso da DGES , que relacionou "o feriado" do início do mês, mas questionou o porquê de a universidade de Coimbra não ter pago de imediato aos alunos: "o secretário de Estado do Ensino Superior telefonou ontem ao reitor da Universidade de Coimbra para esclarecer esta situação", acrescentou.Oficialmente, a tutela diz "desconhecer outros casos de queixas de alunos" devido a atrasos nas bolsas, mas o DN sabe que as universidades Nova e do Porto se encontram numa situação idêntica à de Coimbra.Contactado pelo DN, João Pita, da Associação Académica de Coimbra, atribuiu a maior quota de responsabilidade ao Governo: "Não me parece que os feriados sirvam de desculpa, sobretudo quando há alunos a passar dificuldades. Se o Estado assume uma dificuldade deve cumpri-la", considerou. No entanto, admitiu também que os serviços, "sobretudo no início do ano, quando os processos estão a ser analisados, levam algum tempo a processar as bolsas".

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