FNE alerta para agressões ao pessoal não docente
25 de Novembro de 2007, Jornal de Notícias
A Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE) defende que "o país tem de saber que a violência nas escolas abrange, de forma diária, os funcionários não-docentes vítimas de dezenas de agressões físicas e verbais".João Dias da Silva, secretário-geral da FNE, já expôs a situação ao procurador-geral da República e apela ao Ministério da Educação para divulgar números, "mais que não seja recorrendo às estatísticas de processos disciplinares levantados a alunos"."Fala-se muito em agressões a professores ou entre alunos, mas esquece-se as dezenas de funcionários que são agredidos ou insultados todos os anos nas escolas portuguesas", afirmou ontem à Lusa, à margem dos trabalhos do Dia Nacional do Trabalhador Não-Docente - onde 200 trabalhadores debateram, em Felgueiras, a possibilidade de integração dos funcionários não-docentes nas autarquias locais. O secretário-geral da FNE insiste que os auxiliares também "são pilares do sistema que têm de ser acarinhados e para cuja formação profissional é preciso olhar".João Dias da Silva defende que o acesso de novos trabalhadores deve dar preferência a candidatos com o 12.º ano, e, preferencialmente, oriundos da área das relações humanas.A FNE não se opõe a que os funcionários passem para a tutela das autarquias mas considera que, apesar dessa transferência, o pessoal não docente tem de continuar a ser avaliado pelos agrupamentos de escolas ou pelos Conselhos Executivos, e não pelos municípios, como sucedia anteriormente. Já sobre a nova lei que avalia os professores, João Dias da Silva comparou os seus métodos aos de um "Big Brother", que só criarão "instabilidade nas escolas". A FNE argumenta que a nova legislação impõe um sistema que mantém os professores "sob vigia permanente, aumentando o seu grau de insegurança sobre o trabalho diário e colocando os professores uns contra os outros".
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