No âmbito do Laboratório de Avaliação da Qualidade Educativa (LAQE), estrutura funcional do Centro de Investigação Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF) da Universidade de Aveiro, foi criado, em Março de 2007, o presente blogue onde são colocadas, notícias da imprensa da área da Avaliação Educativa. Esta recolha tem como principal finalidade avaliar o impacte, nos mass media, das questões de avaliação educativas.

Novo 'ad hoc' do Superior aprovou 17 302 alunos

9 de Novembro de 2007, Jornal de Notícias

O número de alunos aprovados nos testes de admissão para maiores de 23 anos (novo "ad hoc") passou de 14.444 em 2006, para 17.302, em 2007. O aumento de 20% não foi feito à custa das universidades privadas (6130 em 2006, 4630 em 2007). Os politécnicos públicos foram o grande contribuinte líquido (de 4437 para 7368 alunos), seguidos pelas universidades públicas (de 1727 para 3130) e politécnicos privados (de 2150 para 2174). Os dados, fornecidos pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), não dizem respeito às matrículas. No ano passado, o número de matriculados foi de 10.850. O número de vagas nem sempre corresponde ao volume de candidatos aprovados e alguns não efectivam a matrícula. De qualquer forma, a comparação entre matriculados, em 2006 e 2007, deverá revelar um aumento semelhante à diferença entre alunos aprovados.
Universidade de Lisboa
A Universidade de Lisboa ilustra bem a tendência geral do país. O número de candidaturas aumentou 60% (470 para 752) e o número de aprovações cresceu 21% (de 197 para 239). O número total de colocados ascendeu a 224, contra 180 no ano transacto.A Universidade de Lisboa, uma das maiores do país, procedeu ainda a um estudo sobre o perfil dos alunos que entraram pelo novo "ad hoc". Em relação aos colocados em 2006/07, as aulas do primeiro semestre foram frequentadas por 140 dos 168 alunos que efectivaram a matrícula no início da primeira metade do ano lectivo. A grande maioria (94) transitou para o segundo ano do respectivo curso. Os alunos que se candidataram recentemente à Universidade de Lisboa nasceram, em média, em 1973, havendo um grande equilíbrio no número de homens e mulheres. Técnicos e profissionais de nível médio (20,2%) e administrativos e similares (17%) compõem o grosso dos alunos. Quase 40% têm o Secundário completo, facto que não impediu uma média negativa na classificação da prova escrita (8 valores).A Universidade de Coimbra é outro bom exemplo do alargamento da base de recrutamento através do novo "ad hoc". No último concurso, entraram 138 alunos contra apenas 45 em 2006."Tendo ainda em atenção que o número dos aceites no Ensino Superior publico após o concurso nacional de acesso cresceu 17% face a 2006 (24% em politécnicos), podemos afirmar que o ano de 2007 marca uma nova dinâmica de procura de educação superior pela sociedade portuguesa. Não apenas de todos os que concluíram o 12º ano, mas também de muitos que querem voltar a estudar", refere o ministro Mariano Gago, em declarações ao JN."É um alargamento de base social. Fizemos inquéritos em algumas universidades onde houve avaliação de alunos maiores de 23 anos. É muito interessante. Há um grande número de estudantes que se inscrevem e que têm, de facto, o 12.º ano completo. Deixaram de estudar, adquiriram experiência profissional e regressaram aos estudos. Em média, são pessoas com muitíssimo mais motivação", sublinhaMariano Gago. "A percepção pública do Processo de Bolonha contribui muito para a atractividade do Superior ao dar a noção de que a pessoa pode ter um grau ao fim de três anos".

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