No âmbito do Laboratório de Avaliação da Qualidade Educativa (LAQE), estrutura funcional do Centro de Investigação Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF) da Universidade de Aveiro, foi criado, em Março de 2007, o presente blogue onde são colocadas, notícias da imprensa da área da Avaliação Educativa. Esta recolha tem como principal finalidade avaliar o impacte, nos mass media, das questões de avaliação educativas.

“Revisão do secundário é pouco flexível”

29 de Maio de 2007, O Primeiro de Janeiro

A revisão curricular do Ensino Secundário aprovada pelo Governo é pouco flexível e dificilmente dará resposta às tendências actuais. O alerta é da Associação de Professores de Português, que lamenta ainda que o trabalho prático e experimental não esteja previsto. A Associação de Professores de Português (APP) considerou ontem que a revisão curricular do Ensino Secundário, aprovada quinta-feira em Conselho de Ministros, assenta “num modelo pouco flexível”, que dificilmente dará resposta à heterogeneidade de alunos e às tendências actuais.“Tal como a estrutura curricular em vigor, a nova estrutura também assenta, anacronicamente, num modelo pouco flexível de gestão do currículo, típico da deficiente tradição organizacional portuguesa. Dificilmente um modelo tão rígido dará conta da heterogeneidade crescente dos alunos do Secundário”, afirma a APP, em comunicado.O Governo aprovou quinta-feira, na generalidade, a revisão dos currículos dos cursos cientifico-humanísticos do Ensino Secundário, com o intuito de reforçar o ensino prático e experimental já a partir do próximo ano lectivo.Em comunicado, a APP defende que apenas sejam obrigatórias as disciplinas de formação geral, cabendo aos alunos a escolha das disciplinas de formação específica, consoante a oferta da escola.“Dentro da mesma tradição própria da moribunda era industrial, propõe-se uma especialização disciplinar que nada tem a ver com as tendências actuais e de que é paradigmática a existência de três disciplinas exclusivamente dedicadas aos estudos literários, para além das disciplinas de Português e Línguas Estrangeiras”, acrescenta a associação, referindo-se às cadeiras de Literatura Portuguesa, Literaturas de Língua Portuguesa e Clássicos da Literatura.A Associação de Professores de Português lamenta ainda que o trabalho prático e experimental não esteja previsto para a aula de Português, exemplificando com os tempos lectivos extracurriculares criados em várias escolas para o desenvolvimento de oficinas de escrita ou oficinas gramaticais.Por outro lado, a APP congratula-se com a continuação da possibilidade dada aos estudantes do Secundário de iniciarem o estudo de uma terceira língua estrangeira e com a criação a partir do próximo ano lectivo do curso de Línguas e Humanidades, por junção dos de Ciências Humanas e Sociais e de Línguas e Literaturas.

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