Associação de Professores de Português critica revisão curricular do secundário
A Associação de Professores de Português (APP) considerou hoje que a revisão curricular do ensino secundário, aprovada na quinta-feira em Conselho de Ministros, assenta "num modelo pouco flexível", que dificilmente dará resposta à heterogeneidade de alunos e às "tendências actuais".
"Tal como a estrutura curricular em vigor, a nova estrutura também assenta, anacronicamente, num modelo pouco flexível de gestão do currículo, típico da deficiente tradição organizacional portuguesa. Dificilmente um modelo tão rígido dará conta da heterogeneidade crescente dos alunos do secundário", afirma a APP, em comunicado.O Governo aprovou na passada quinta-feira, na generalidade, a revisão dos currículos dos cursos científico humanísticos do ensino secundário, com o intuito de reforçar o ensino prático e experimental já a partir do próximo ano lectivo. Em comunicado, citado pela Lusa, a APP defende que apenas sejam obrigatórias as disciplinas de formação geral, cabendo aos alunos a escolha das disciplinas de formação específica, consoante a oferta da escola."Dentro da mesma tradição própria da moribunda era industrial, propõe-se uma especialização disciplinar que nada tem a ver com as tendências actuais e de que é paradigmática a existência de três disciplinas exclusivamente dedicadas aos estudos literários, para além das disciplinas de Português e Línguas Estrangeiras", acrescenta a associação, referindo-se às cadeiras de Literatura Portuguesa, Literaturas de Língua Portuguesa e Clássicos da Literatura.A APP lamenta ainda que o trabalho prático e experimental não esteja previsto para a aula de Português, exemplificando com os tempos lectivos extracurriculares criados em várias escolas para o desenvolvimento de oficinas de escrita ou oficinas gramaticais. APP congratula-se com continuação do estudo de terceira língua estrangeiraPor outro lado, a associação congratula-se com a continuação da possibilidade dada aos estudantes do secundário de iniciarem o estudo de uma terceira língua estrangeira e com a criação, a partir do próximo ano lectivo, do curso de Línguas e Humanidades, por junção dos de Ciências Humanas e Sociais e de Línguas e Literaturas. Para reforçar a componente prática e experimental no ensino secundário, o decreto-lei aprovado na quinta-feira na generalidade prevê o aumento da carga horária, onde serão introduzidos, em média, mais dois ou três blocos de aulas de 90 minutos. De acordo com esta revisão do currículo, a área de Ciências é a que terá o maior aumento, com mais 45 minutos semanais de aulas nas disciplinas específicas de Física e Química A e Biologia e Geologia dos 10º e 11º anos, o mesmo acontecendo nas cadeiras de Biologia, Física, Química e Geologia do 12º. Os estudantes do curso de Artes Visuais e de Línguas e Humanidades vão também ver reforçado o número de aulas, com mais 45 minutos a Desenho A e a Língua Estrangeira, respectivamente. Outras das alterações que a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, considerou relevante é a passagem da disciplina de Tecnologias de Informação e Comunicação do 10º ano para os 7º e 8º anos.
"Tal como a estrutura curricular em vigor, a nova estrutura também assenta, anacronicamente, num modelo pouco flexível de gestão do currículo, típico da deficiente tradição organizacional portuguesa. Dificilmente um modelo tão rígido dará conta da heterogeneidade crescente dos alunos do secundário", afirma a APP, em comunicado.O Governo aprovou na passada quinta-feira, na generalidade, a revisão dos currículos dos cursos científico humanísticos do ensino secundário, com o intuito de reforçar o ensino prático e experimental já a partir do próximo ano lectivo. Em comunicado, citado pela Lusa, a APP defende que apenas sejam obrigatórias as disciplinas de formação geral, cabendo aos alunos a escolha das disciplinas de formação específica, consoante a oferta da escola."Dentro da mesma tradição própria da moribunda era industrial, propõe-se uma especialização disciplinar que nada tem a ver com as tendências actuais e de que é paradigmática a existência de três disciplinas exclusivamente dedicadas aos estudos literários, para além das disciplinas de Português e Línguas Estrangeiras", acrescenta a associação, referindo-se às cadeiras de Literatura Portuguesa, Literaturas de Língua Portuguesa e Clássicos da Literatura.A APP lamenta ainda que o trabalho prático e experimental não esteja previsto para a aula de Português, exemplificando com os tempos lectivos extracurriculares criados em várias escolas para o desenvolvimento de oficinas de escrita ou oficinas gramaticais. APP congratula-se com continuação do estudo de terceira língua estrangeiraPor outro lado, a associação congratula-se com a continuação da possibilidade dada aos estudantes do secundário de iniciarem o estudo de uma terceira língua estrangeira e com a criação, a partir do próximo ano lectivo, do curso de Línguas e Humanidades, por junção dos de Ciências Humanas e Sociais e de Línguas e Literaturas. Para reforçar a componente prática e experimental no ensino secundário, o decreto-lei aprovado na quinta-feira na generalidade prevê o aumento da carga horária, onde serão introduzidos, em média, mais dois ou três blocos de aulas de 90 minutos. De acordo com esta revisão do currículo, a área de Ciências é a que terá o maior aumento, com mais 45 minutos semanais de aulas nas disciplinas específicas de Física e Química A e Biologia e Geologia dos 10º e 11º anos, o mesmo acontecendo nas cadeiras de Biologia, Física, Química e Geologia do 12º. Os estudantes do curso de Artes Visuais e de Línguas e Humanidades vão também ver reforçado o número de aulas, com mais 45 minutos a Desenho A e a Língua Estrangeira, respectivamente. Outras das alterações que a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, considerou relevante é a passagem da disciplina de Tecnologias de Informação e Comunicação do 10º ano para os 7º e 8º anos.
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