No âmbito do Laboratório de Avaliação da Qualidade Educativa (LAQE), estrutura funcional do Centro de Investigação Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF) da Universidade de Aveiro, foi criado, em Março de 2007, o presente blogue onde são colocadas, notícias da imprensa da área da Avaliação Educativa. Esta recolha tem como principal finalidade avaliar o impacte, nos mass media, das questões de avaliação educativas.

Provas de aferição regressam com novidades

22 de Maio de 2007, Jornal de Notícias

As provas de aferição regressam, hoje, às escolas dos 1.º e 2.º ciclos com novidades. A partir de agora, deixam de ser feitas por amostragem, passando a abranger todos os alunos dos ensinos público e privado. Tal como acontece com os exames nacionais, os resultados serão, posteriormente, afixados em pauta nas respectivas escolas.Língua Portuguesa é a primeira das duas provas de aferição (a de Matemática decorre depois de amanhã) que os alunos dos 1.º e 2.º ciclos são chamados a resolver hoje, às 10 horas. O Ministério da Educação (ME) entende que as provas constituem "o meio mais adequado para avaliar a qualidade do currículo nacional e a prestação das escolas nos dois primeiros ciclos de escolaridade".Outra novidade introduzida este ano é o facto de o ME exigir às escolas, após a divulgação dos resultados, um relatório de avaliação. Este documento deverá conter a análise do desempenho dos alunos da escola e um plano de acção. Este, por seu turno, deverá incluir as medidas a adoptar e a respectiva calendarização, os resultados a alcançar por disciplina, a indicação dos alunos que deverão beneficiar de planos de recuperação e os recursos a mobilizar.Os referidos relatórios serão, por sua vez, enviados às direcções regionais de Educação, a quem caberá elaborar um relatório-síntese a enviar à Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular. Será este organismo o responsável pela elaboração de uma avaliação dos currículos. O ME pretende, com todo o processo, verificar a qualidade das aprendizagens, a adequação dos programas e a conformidade das práticas pedagógicas.A Federação Nacional dos Professores (FENPROF) afirma, em comunicado, que o processo está a criar, nas escolas, um "clima de perturbação" e a "provocar o protesto dos professores". Aquela organização sindical é contrária à generalização das provas a todos os alunos."O Ministério de Lurdes Rodrigues parece pretender que as referidas provas sejam mais um mecanismo de avaliação e responsabilização das escolas e dos professores, caso as classificações dos alunos venham a ser baixas", refere o comunicado. A FENPROF receia que o ME pretenda "alijar responsabilidades" caso os resultados da provas sejam fracos.

0 comentários: