No âmbito do Laboratório de Avaliação da Qualidade Educativa (LAQE), estrutura funcional do Centro de Investigação Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF) da Universidade de Aveiro, foi criado, em Março de 2007, o presente blogue onde são colocadas, notícias da imprensa da área da Avaliação Educativa. Esta recolha tem como principal finalidade avaliar o impacte, nos mass media, das questões de avaliação educativas.

Investigadores identificam os terramotos lentos

2007-05-03, Ciência Hoje

Investigadores dos Estados Unidos e Japão identificaram uma nova categoria de sismos, denominada "terramotos lentos", movimentos menores no interior da Terra que podem ajudar na previsão de sismos de maior magnitude, noticia a revista "Nature". Entre estes fenómenos, encontram-se os denominados tremores episódicos profundos, sismos de baixa intensidade, terramotos de muito baixa intensidade, deslizamentos lentos de terra e sismos silenciosos.
Esta nova definição "unifica uma classe diferente de fenómenos sísmicos lentos e pode contribuir para uma melhor compreensão dos processos de colapso da placa tectónica e do aparecimento de grandes terramotos", explicam os investigadores num artigo publicado na Revista "Nature". Estes episódios menores de movimento no interior da Terra irradiam muito menos energia sísmica do que a libertada pelos terramotos simples, apesar de estes terem uma duração maior e, inclusivamente, poderem prolongar-se durante anos. Estes cientistas, que trabalham para as universidades de Tóquio e de Stanford (Califórnia), descobriram aquilo que definem como uma "relação simples", que diferencia o comportamento destes terramotos lentos dos sismos, e que os agrupa como manifestações distintas de um mesmo fenómeno.
Momento sísmico constanteSegundo os investigadores, o momento sísmico destes terramotos lentos, a quantidade de energia que libertam, é constante e proporcional à sua duração, algo que não sucede nos sismos, cuja duração é proporcional à raiz cúbica do seu momento sísmico. Há pouco mais de um mês, cientistas das mesmas universidades publicaram um estudo em que advertiam que os ligeiros tremores detectados em várias falhas subterrâneas do planeta, incluídos agora na categoria de "terramotos lentos", podiam ser a prelúdio de futuras catástrofes sísmicas. Estes "terramotos lentos" produzem-se em zonas de subducção como a do Chile e do Japão, locais onde duas placas tectónicas se encontram e uma delas mergulha por baixo da outra, locais onde se produziram as maiores catástrofes sísmicas da História, todas de magnitude 8 ou superior, na Escala de Richter. Apesar de tudo o que se sabia até agora sobre terramotos lentos, os cientistas acreditam que ainda estão por descobrir os mecanismos físicos que os produzem, entre os quais acreditam estar a entrada e difusão de algum tipo de fluidos entre as falhas do planeta.

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