No âmbito do Laboratório de Avaliação da Qualidade Educativa (LAQE), estrutura funcional do Centro de Investigação Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF) da Universidade de Aveiro, foi criado, em Março de 2007, o presente blogue onde são colocadas, notícias da imprensa da área da Avaliação Educativa. Esta recolha tem como principal finalidade avaliar o impacte, nos mass media, das questões de avaliação educativas.

Portugal na cauda da Europa das escolas informatizadas

4a-feira, 2 Maio, Jornal Sol

A utilização de novas tecnologias no ensino está a aumentar em Portugal, mas o país permanece na cauda da Europa quanto a computadores com Internet nas salas de aula.
«Numa altura em que existe a preocupação do país entrar no rumo da tecnologia, é na formação das novas gerações que isso se torna mais premente», salientou hoje Paulo Gonçalves, da Porto Editora, empresa responsável pela Escola Virtual, um serviço de e-learning único no país.
A Escola Virtual, lançada em Janeiro de 2005, abrange os ensinos básico e secundários, desde o 1º ao 12º ano de escolaridade, estando disponível on-line e em CD-ROM.
«Os conteúdos educativos estão rigorosamente de acordo com os programas curriculares aprovados pelo Ministério da Educação», assegurou Paulo Gonçalves em declarações à Lusa, acrescentando que o serviço «pode ser utilizado pelos alunos em casa para rever as matérias e efectuar exercícios, mas também pode ser utilizado na sala de aula pelos professores».
Actualmente, a Escola Virtual tem mais de 50 mil utilizadores individuais e está a ser usada nas escolas secundárias de Valadares e dos Carvalhos, ambas no concelho de Gaia, e nas escolas do primeiro ciclo deste município, no quadro de um protocolo assinado com a Câmara de Gaia.
«A intenção de dotar cada sala de aula com um computador para cada aluno deixa de fazer sentido, já que agora basta um computador com ligação à Internet, que projecta as matérias num quadro interactivo. É uma revolução na forma de aprender e de ensinar», frisou Paulo Gonçalves.
A utilização de novas tecnologias é apoiada pela Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE), que a vai incluir num caderno reivindicativo que prevê apresentar em breve ao Ministério da Educação sobre melhoria da qualidade do ensino.
«Devem ser accionados mecanismos que façam com que as novas tecnologias sejam utilizadas nas escolas, já que elas constituem uma possibilidade de melhorar a qualidade do ensino», afirmou João Dias da Silva, presidente da FNE, em declarações à Lusa.
Para este dirigente sindical, «o uso de novas tecnologias nas escolas deve ser disseminado», defendendo a necessidade de serem colocados mais computadores nas escolas, mas também aumentada a formação de professores que lhes permita a utilização destas tecnologias nas salas de aula.
«Nesta matéria, Portugal está muito mal», frisou, recordando que a média da União Europeia é de 9,9 computadores ligados à Internet por cada 100 alunos, enquanto a média portuguesa é apenas de 5,4 computadores, o que coloca o país num dos últimos lugares entre os 25 estados-membros.
As novas tecnologias são o tema central do Fórum Eduk@ - Feira de Educação e Juventude, que começa quinta-feira na Exponor, em Matosinhos, onde estará patente um projecto inovador na área da educação, intitulado 'Cidade do Conhecimento', que resulta da parceria entre instituições públicas e empresas privadas de várias áreas, incluindo a segurança, o ambiente, a cidadania e, naturalmente, a educação.
Esta 'cidade' permitirá percorrer as várias etapas do processo formativo de aquisição de conhecimentos, desde o jardim- escola à universidade sénior, passando pela educação cívica e por temas como a segurança rodoviária, a prevenção de fogos florestais e a integração social.
O espaço, com cerca de 500 metros quadrados, estará dotado com várias novidades e soluções disponíveis no mercado em termos didácticos e educativos.
O Fórum Eduk@, que estará patente na Exponor até domingo, inclui três salões especializados, sendo um dedicado a material didáctico, outro à educação e formação e o terceiro aos produtos, equipamentos e serviços para jovens.
No quadro desta feira realiza-se ainda o II Game Challenge - Salão de Entretenimento Digital, certame dedicado a jogos de plataforma.

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