CIP quer flexibilidade laboral para atrair investimento estrangeiro
2007/05/02 , Agência Financeira
O presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), Francisco Van Zeller, defendeu esta quarta-feira que a revisão do Código do Trabalho deve facilitar a flexibilidade laboral, por ser um elemento essencial para atrair investimento estrangeiro.
«A revisão do Código do Trabalho não será aquela que nós desejaríamos mas alguma coisa tem de ser feita pois a flexibilidade é essencial para o país atrair investimento estrangeiro e criar novos empregos», disse Van Zeller aos jornalistas antes da tomada de posse dos corpos sociais da CIP, eleitos a 19 de Abril, avança a «Lusa».
O reeleito presidente da CIP reconheceu que a questão da flexibilidade tem de ser negociada com os sindicatos e reconheceu que essa discussão é mais difícil ao nível das confederações sindicais, concretamente com a CGTP, que acusou de irredutibilidade devido às suas ideias politicas.
«O Governo tem tanta necessidade como nós de fazer crescer a economia, o que depende muito do investimento externo, mas não se pode forçar o tecido social», disse o líder da CIP referindo-se ao papel dos sindicatos.
Van Zeller promete mandato de seguimento
Francisco Van Zeller garantiu aos jornalistas que o mandato de 3 anos hoje iniciado pelos dirigentes da CIP «vai ser de seguimento» na anterior linha de actuação embora tenham grandes desafios pela frente, nomeadamente a presidência portuguesa da União Europeia.
A formação profissional vai ser uma das grandes apostas da CIP no próximo triénio que pretende transformar os centros protocolares de formação das associações sectoriais em Centros Protocolares de Formação Profissional de excelência, melhorando a sua capacidade ao nível da qualidade e da quantidade da formação.
No discurso que fez na cerimónia de posse, em que estiveram presentes os ministros das finanças, da economia e do trabalho, Van Zeller defendeu a necessidade de aumentar a competitividade das empresas e prometeu que a CIP vai trabalhar nesse sentido.
Prometeu também que a CIP, ao nível da Comissão Permanente de Concertação social, continuará a procurar posições concertadas com as outras três confederações patronais para reforçar a defesa dos interesses patronais.
«Este trabalho será particularmente necessário a partir do final do ano quando começar a revisão do Código do Trabalho», salientou.
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