Classificação e ordenação das universidades
21 Maio 2007, Jornal de Negócios
Nos últimos dias registaram-se duas boas notícias para a universidade portuguesa. Primeiro, o senhor ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior em declarações enfáticas à imprensa sublinhou a sua vontade de promover a elaboração de listas ordenadas de todos os cursos superiores nacionais.
Segundo, pela primeira vez uma escola portuguesa, no caso a Universidade Católica, figurou na lista ordenada, da responsabilidade do Financial Times, das melhores cinquenta escolas mundiais de formação de executivos.
Infelizmente, estas notícias não entusiasmaram uma parte muito significativa da academia. Mas, nem por isso, elas devem deixar de ser francamente saudadas como sinais de esperança para o futuro da universidade portuguesa.
No caso da vitória da Universidade Católica, que a todos deveria orgulhar, incluindo todas as escolas concorrentes, estabeleceu-se uma novo patamar de exigência e de concorrência que necessariamente irá beneficiar o país.
Por outro lado, a avaliação consequente do ensino superior – necessária para assegurar a diferenciação e a melhoria da qualidade das escolas e a empregabilidade dos diplomados – não poderá dispensar a elaboração das, erradamente, muito temidas listas ordenadas. Seria bom que todos se habituassem a aceitar e utilizar, sem complexos e de forma clara e aberta, aqueles instrumentos de trabalho. Nesse sentido, parece pouco adequada acentuar na apresentação do novo sistema de avaliação os aspectos de ruptura com o antigo sistema.
Na verdade, apesar das claras insuficiências do anterior sistema – sobretudo as relativas aos campos de avaliação considerados e à inaceitável composição dos painéis de avaliadores – e da clara superioridade do que se anuncia, há aspectos de continuidade que são evidentes e que se torna necessário sublinhar. Haverá que ter presente que o novo sistema ganhará muito se puder, desde o seu início, beneficiar dos resultados da avaliação desenvolvidos pelo CNAVES.
Apesar de o Conselho Nacional de Avaliação do Ensino Superior se ter recusado a produzir classificações quantitativas e, muito menos, listas ordenadas, estas podem ser produzidas a partir das numerosas apreciações qualitativas emitidas. Há certos aspectos da evolução recente das instituições que só assim poderão ser evidenciadas. Não proceder deste modo poderá significar prescindir de tirar consequenciais imediatas das próximas avaliações, remetendo-as para um futuro incerto.
Tomemos o caso da avaliação das licenciaturas de Gestão. O exercício apresentado no quadro anexo permite evidenciar que poderão ser produzidos pontos de partida e de referência aceitáveis a partir das tímidas avaliações qualitativas de 2002.
Segundo, pela primeira vez uma escola portuguesa, no caso a Universidade Católica, figurou na lista ordenada, da responsabilidade do Financial Times, das melhores cinquenta escolas mundiais de formação de executivos.
Infelizmente, estas notícias não entusiasmaram uma parte muito significativa da academia. Mas, nem por isso, elas devem deixar de ser francamente saudadas como sinais de esperança para o futuro da universidade portuguesa.
No caso da vitória da Universidade Católica, que a todos deveria orgulhar, incluindo todas as escolas concorrentes, estabeleceu-se uma novo patamar de exigência e de concorrência que necessariamente irá beneficiar o país.
Por outro lado, a avaliação consequente do ensino superior – necessária para assegurar a diferenciação e a melhoria da qualidade das escolas e a empregabilidade dos diplomados – não poderá dispensar a elaboração das, erradamente, muito temidas listas ordenadas. Seria bom que todos se habituassem a aceitar e utilizar, sem complexos e de forma clara e aberta, aqueles instrumentos de trabalho. Nesse sentido, parece pouco adequada acentuar na apresentação do novo sistema de avaliação os aspectos de ruptura com o antigo sistema.
Na verdade, apesar das claras insuficiências do anterior sistema – sobretudo as relativas aos campos de avaliação considerados e à inaceitável composição dos painéis de avaliadores – e da clara superioridade do que se anuncia, há aspectos de continuidade que são evidentes e que se torna necessário sublinhar. Haverá que ter presente que o novo sistema ganhará muito se puder, desde o seu início, beneficiar dos resultados da avaliação desenvolvidos pelo CNAVES.
Apesar de o Conselho Nacional de Avaliação do Ensino Superior se ter recusado a produzir classificações quantitativas e, muito menos, listas ordenadas, estas podem ser produzidas a partir das numerosas apreciações qualitativas emitidas. Há certos aspectos da evolução recente das instituições que só assim poderão ser evidenciadas. Não proceder deste modo poderá significar prescindir de tirar consequenciais imediatas das próximas avaliações, remetendo-as para um futuro incerto.
Tomemos o caso da avaliação das licenciaturas de Gestão. O exercício apresentado no quadro anexo permite evidenciar que poderão ser produzidos pontos de partida e de referência aceitáveis a partir das tímidas avaliações qualitativas de 2002.
23.5.07
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Etiquetas:
Ensino Superior
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