No âmbito do Laboratório de Avaliação da Qualidade Educativa (LAQE), estrutura funcional do Centro de Investigação Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF) da Universidade de Aveiro, foi criado, em Março de 2007, o presente blogue onde são colocadas, notícias da imprensa da área da Avaliação Educativa. Esta recolha tem como principal finalidade avaliar o impacte, nos mass media, das questões de avaliação educativas.

Escolas podem candidatar-se a equipamento para aulas de Matemática

11.05.2007 - Jornal Público

O Ministério da Educação (ME) lançou hoje um programa que prevê a distribuição de equipamentos destinados a aulas de Matemática, como computadores, quadros interactivos, projectores e calculadoras, avaliados em 2,5 milhões de euros.
Com o objectivo de melhorar as condições de trabalho, as escolas dos 2º e 3º ciclos poderão apresentar um projecto e candidatar-se a partir de segunda-feira ao programa de reequipamento tecnológico, promovido no âmbito do Plano de Acção para a Matemática, lançado há um ano.Segundo a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, a falta de equipamentos foi um dos problemas mais reportados pelas escolas para explicar os maus resultados alcançados pelos alunos no exame do 9º ano, que registou 70 por cento de negativas a nível nacional em 2005 e 65 por cento no ano passado."No primeiro ano promovemos uma reflexão sobre os resultados e a questão dos equipamentos foi uma solicitação comum a todas as escolas. Até aqui não estávamos em condições de responder, mas hoje mesmo o ME abriu um edital para as escolas concorrerem e se reequiparem, escolhendo os equipamentos de que necessitam", disse a ministra.De acordo com o edital lançado pelo ministério, as escolas poderão concorrer ao programa de reequipamento tecnológico até ao final do mês, prevendo-se que a distribuição dos equipamentos ocorra até ao início do próximo ano lectivo.Programa tem orçamento de nove milhões de eurosLançado há um ano, o Plano de Acção para a Matemática envolve mais de 293 mil alunos dos 2º e 3º ciclos e do ensino secundário, em 1070 escolas e agrupamentos, contando com um orçamento global de nove milhões de euros até 2009.No âmbito deste plano, 97 por cento das escolas dos 2º e 3º ciclos e quase 80 por cento das secundárias apresentaram à tutela projectos de melhoria dos resultados à disciplina, com metas definidas e quantificadas a três anos.A contratação de peritos de universidades, o recrutamento de mais docentes de Matemática para reforçar o apoio aos alunos e o aumento do número de horas dedicado à disciplina foram algumas das soluções encontradas pelos estabelecimentos de ensino e viabilizadas pelo ministério, que não autorizou a diminuição do número de estudantes por turma ? uma das principais solicitações das escolas.Para Maria de Lurdes Rodrigues, o balanço de funcionamento do primeiro ano do Plano de Acção para a Matemática "é muito positivo", sobretudo devido à adesão das escolas, tendo havido "mais trabalho, mais empenho e mais esforço" por parte dos professores.Mas o verdadeiro balanço só poderá ser feito quando forem divulgados, em Junho, os resultados do exame nacional do 9º ano, já que só então será possível confirmar se o trabalho se traduziu ou não numa diminuição significativa da percentagem de negativas."O teste final deste Plano de Acção é a realização dos exames deste ano. Pela primeira vez, a esses resultados o país não associará apenas o desempenho dos alunos, mas também das escolas e dos professores, para o melhor e para o pior", avisou a ministra, perante uma plateia constituída por dezenas de docentes, na cerimónia destinada a assinalar o primeiro ano deste programa.Especificando que não foi estabelecida uma meta nacional, mas apenas definidos objectivos por escola, a responsável mostrou-se confiante nas notas que serão alcançadas este ano pelos alunos, até porque, sublinhou, "pior, os resultados não podem ser"."Quando cheguei ao Governo tive várias vezes um sonho, que era mais um pesadelo, de que todos os meninos chumbavam no exame. Isso não se concretizou, mas não ficou longe porque, na altura [em 2005], 70 por cento dos alunos tiveram negativa. Estes resultados não são aceitáveis e acredito que vão melhorar, o que vai criar um maior clima de confiança nas escolas", disse.

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