Governo corta poderes a reitores e abre porta a mais contratos a prazo
Lugares de quadro baixam e a tutela decide todos os novos contratos
Os ministros das Finanças e Ensino Superior pretendem adaptar ao ensino superior público as regras de gestão de pessoal em vigor noutros sectores da Administração Pública. Uma decisão inscrita num projecto de despacho que está a gerar contestação de reitores, que falam em inconstitucionalidade, mas também entre docentes e funcionários. No caso dos reitores, as críticas prendem-se com a perda do poder de gerir livremente os seus recursos humanos dentro de determinados limites fixados pela tutela. Já os trabalhadores, temem o aumento dos vínculos precários, num sector onde, hoje, cerca de 11 mil dos 25 mil docentes já têm contratos administrativos de provimento (provisórios).Uma das normas que o Governo pretende aplicar às instituições é o chamado princípio do "dois por um", onde se estipula que, por cada dois trabalhadores dos quadros que abandonam funções, apenas se pode fazer uma contratação externa. Como a dotação de pessoal docente e não docente é calculada em unidades de horários integrais (ETI), distribuídas por um ou mais trabalhadores, é de prever que passem a ser feitas contratações precárias para preencher o lugar de quadro deixado vago. "Este despacho vem no sentido de toda uma reforma legislativa que, sob o pretexto de flexibilizar a gestão, acaba por resultar numa precarização ainda maior ", diz Paulo Peixoto, do Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNEsup). "No entanto, tem também um ponto positivo", admite, "que é o de obrigar as instituições a esgotarem as soluções internas antes de recrutarem no exterior".O Conselho de Reitores (CRUP), desafia o ministro Mariano Gago a "recusar-se a assinar o despacho", considerando desde logo o documento inconstitucional, por contrariar leis hierarquicamente superiores, mas contesta sobretudo a obrigatoriedade de submeter à aprovação da tutela todos os recrutamentos, incluindo contratos de avença e prestação de serviços.Entre os institutos, diz Luciano Almeida, presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores s Politécnicos, "o impacto da medida não é menor, porque estes já não tinham os poderes que agora são retirados às universidades" - dos 11 mil vínculos precários, sete mil estão neste sector. Mas a gestão de pessoal "torna-se ainda mais complicada".
Os ministros das Finanças e Ensino Superior pretendem adaptar ao ensino superior público as regras de gestão de pessoal em vigor noutros sectores da Administração Pública. Uma decisão inscrita num projecto de despacho que está a gerar contestação de reitores, que falam em inconstitucionalidade, mas também entre docentes e funcionários. No caso dos reitores, as críticas prendem-se com a perda do poder de gerir livremente os seus recursos humanos dentro de determinados limites fixados pela tutela. Já os trabalhadores, temem o aumento dos vínculos precários, num sector onde, hoje, cerca de 11 mil dos 25 mil docentes já têm contratos administrativos de provimento (provisórios).Uma das normas que o Governo pretende aplicar às instituições é o chamado princípio do "dois por um", onde se estipula que, por cada dois trabalhadores dos quadros que abandonam funções, apenas se pode fazer uma contratação externa. Como a dotação de pessoal docente e não docente é calculada em unidades de horários integrais (ETI), distribuídas por um ou mais trabalhadores, é de prever que passem a ser feitas contratações precárias para preencher o lugar de quadro deixado vago. "Este despacho vem no sentido de toda uma reforma legislativa que, sob o pretexto de flexibilizar a gestão, acaba por resultar numa precarização ainda maior ", diz Paulo Peixoto, do Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNEsup). "No entanto, tem também um ponto positivo", admite, "que é o de obrigar as instituições a esgotarem as soluções internas antes de recrutarem no exterior".O Conselho de Reitores (CRUP), desafia o ministro Mariano Gago a "recusar-se a assinar o despacho", considerando desde logo o documento inconstitucional, por contrariar leis hierarquicamente superiores, mas contesta sobretudo a obrigatoriedade de submeter à aprovação da tutela todos os recrutamentos, incluindo contratos de avença e prestação de serviços.Entre os institutos, diz Luciano Almeida, presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores s Politécnicos, "o impacto da medida não é menor, porque estes já não tinham os poderes que agora são retirados às universidades" - dos 11 mil vínculos precários, sete mil estão neste sector. Mas a gestão de pessoal "torna-se ainda mais complicada".
14.5.07
|
Etiquetas:
Ensino Superior
|
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
0 comentários:
Enviar um comentário