No âmbito do Laboratório de Avaliação da Qualidade Educativa (LAQE), estrutura funcional do Centro de Investigação Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF) da Universidade de Aveiro, foi criado, em Março de 2007, o presente blogue onde são colocadas, notícias da imprensa da área da Avaliação Educativa. Esta recolha tem como principal finalidade avaliar o impacte, nos mass media, das questões de avaliação educativas.

"Há um limite" para aguentar tanta contestação

27 de Fevereiro de 2008, Jornal de Notícias

Depois de, no dia anterior, ter estado três horas a debater os temas da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues deslocou-se ontem a Matosinhos. No final de uma visita à Escola de Música Óscar de Silva, a ministra reconheceu novamente a existência de um "clima de contestação. Não sei se está a aumentar ou a diminuir".No debate, Maria de Lurdes Rodrigues admitiu que terá "um limite" para aguentar a contestação generalizada dos professores, mas ainda não o atingiu. Até porque, por princípio, "cumpre sempre os compromissos que assume".Para 8 de Março está agendada uma marcha do descontentamento, na Internet nascem movimentos, como o de professores em luta, professores revoltados ou em defesa do ensino. Amanhã espera-se novo protesto em Braga. No "Prós e Contras", à medida que o programa avançava tornava-se mais notório o isolamento da ministra da Educação. João Formosinho, do Instituto de Estudos da Criança da Universidade do Minho, sentado a seu lado, dissertou sobre os novos desafios da escola actual e Maria de Lurdes Rodrigues acabou por ter de defender sozinha as suas políticas.A avaliação dos professores e o novo regime de gestão das escolas foram os dois temas do programa. Os argumentos esgrimidos não surpreenderam. Para a ministra, o primeiro modelo servirá "para distinguir os melhores", o segundo para "reforçar lideranças"; para a "oposição" o regime de avaliação não é "exequível". Até Álvaro Almeida dos Santos, presidente do Conselho de Escolas, referiu que os estabelecimentos "precisam de tempo" e que "no presente ano lectivo será muito difícil aplicar o modelo como está previsto". A troca de acusações dominou o debate. Fernanda Velez, professora de Matemática, acusou o Governo de denegrir a imagem dos docentes. "Qualquer um serve para ser ministro da Educação", alegou, para sublinhar que nenhum responsável tinha experiência de dar aulas no sector.

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