Cientistas confirmam água em lua de Saturno
7 de Fevereiro de 2008, Jornal de Notícias
Investigadores alemães que participam no programa Cassini- Huygens de exploração do Saturno, seus anéis e luas, afirmam ter acrescentado provas à hipótese de existência de água num desses corpos celestes, Encélado. Esta é uma das cerca de 60 luas gravitando em torno daquele planeta e a pesquisa seguiu o indício fornecido por imagens onde era visível um jactos enevoado, semelhante a géisers. Com base em dados enviados pela sonda Cassini, que partiu da Terra há dez anos, cientistas alemães concluíram que a superfície de Encélado deve estar fixada nos zero graus centígrados. É este o ponto em que o vapor, o gelo e a água podem coexistir. Por baixo da superfície gelada desta lua de Saturno deve haver água e só isso explicará a existência de uma gigantesca pluma de vapor de água. A par do vapor de água são ejectados gás e partículas de poeira.Encéladus é um corpo com cerca de 500 quilómetros de diâmetro e dista mais de 238 mil quilómetros do centro de Saturno. A sua existência foi assinalada no final do século XVIII. Mas é o olhar de agora dos cientistas, auxiliado pela proximidade da sonda e de aparelhos como um espectómetro de massa, que permite explorar a sua composição. As agências espaciais norte-americana, europeia e italiana são as operadoras do projecto. A hipótese de haver água perto do pólo Sul de Encélado, numa zona designada como Riscas de Tigre, já vinha sendo colocada desde 2005, numa fase da viagem da Cassini em que esta se posicionou apenas a 173 quilómetros de distância. Os dados que agora os investigadores do Instituto Max Planck vêm acrescentar explicam que o "vulcão" de vapor de água não ejecta matéria para a atmosfera porque é contido por gás muito denso e por partículas expelidas do interior da lua. Ontem, a NASA anunciou que está a planear novas missões a Saturno ou também a Júpiter, com a finalidade de estudar luas destes planetas. Ganimedes e Europa estão na lista. No caso de Saturno, o alvo será Titã, que a sonda Cassini já teve sob mira. O lançamento, tornado possível por novas verbas aprovadas esta semana pelo senado norte-americano, deverá ocorrer em 2017.
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