No âmbito do Laboratório de Avaliação da Qualidade Educativa (LAQE), estrutura funcional do Centro de Investigação Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF) da Universidade de Aveiro, foi criado, em Março de 2007, o presente blogue onde são colocadas, notícias da imprensa da área da Avaliação Educativa. Esta recolha tem como principal finalidade avaliar o impacte, nos mass media, das questões de avaliação educativas.

Conservatório pode despedir professores

8 de Fevereiro de 2008, Jornal de Notícias

Éuma luta pela sobrevivência. Pelo menos é assim que o director do Conservatório Nacional de Música a entende. Ao JN, António Wagner Diniz não podia ser mais claro se o Governo acabar com o regime de ensino supletivo o Conservatório terá que despedir professores, pois tem 600 alunos nesse regime. A escola de Lisboa é a que mais tem contestado a reforma do ensino artístico especializado, que está neste momento a ser negociada entre o Ministério e os conservatórios para começar a ser aplicada a partir do próximo ano lectivo. Ontem, um grupo de alunos "deu um concerto" à porta do ME e para segunda-feira - dia em que a escola receberá a delegação ministerial - está convocado "um coro de protestos". Na Internet a petição contra o fim do ensino especializado já recolhe mais de dez mil assinaturas.O Governo quer retirar o 1.º ciclo dos conservatórios públicos e acabar com o regime supletivo. O objectivo, argumenta o ME, é que esse ensino especializado chegue a maior número de alunos, pois actualmente só é acessível a 17 mil num universo de 1,5 milhões. Para isso, pretende alargar a rede às cooperativas e escolas privadas.Para Wagner Diniz, o Governo pretende "esvaziar" o Conservatório para deslocar esses professores para as Actividades de Enriquecimento Curricular. Nos conservatórios os alunos do 1º ciclo têm seis horas semanais de instrumento, orquestra, coro, formação musical e expressão dramática. Com a reforma passarão a ter duas horas. O CNM tem também 45 em regime integrado. Para o director a coexistência dos regimes dá elasticidade ao sistema. Se um aluno concluir o 12.º em regime integrado ficará com o diploma de estudos musicais enquanto se for em regime supletivo garante outra oportunidade para o seu futuro, argumenta. Na segunda-feira, Wagner Diniz defenderá duas propostas a continuidade do 1.º Ciclo e a manutenção do regime supletivo.

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