Referências publicitárias vão ser excluídas dos manuais escolares
Lisboa foi atingida ontem por fortes chuvadas, mas é normal para a época A nova lei sobre avaliação e certificação dos livros escolares vai excluir as referências publicitárias dos manuais. A garantia foi dada ontem pelo Ministério da Educação. A socióloga Isabel Farinha, autora de uma tese de mestrado sobre o marketing escolar, que ontem foi entrevistada pela Antena 1, diz que encontrou várias referências publicitárias num total de 48 livros de Matemática e Estudo do Meio destinados ao 1.º ciclo."A legislação que sairá em breve sobre a avaliação e certificação dos manuais levará à exclusão dessas situações", disse, no entanto, uma fonte do Ministério da Educação.Até agora, porém, isso não acontecia, já que segundo a investigadora Isabel Farinha, o Ministério tem estado mais preocupado com os conteúdos.Por outro lado, o código publicitário português também não contempla estas situações, razão porque essas referências publicitárias puderam aparecer em manuais escolares e, nomeadamente, nos destinados aos mais novos, como verificou a socióloga.Lápis, canetas, borrachas, refrigerantes ou chocolates são alguns dos produtos encontrados nos manuais.Isabel Farinha salientou que o marketing escolar é também uma forma de aproximar os conteúdos da realidade das crianças, identificando objectos que fazem parte do seu consumo quotidiano.O governo aprovou, em Maio, o decreto que regulamentará o regime de avaliação, certificação e adopção dos manuais escolares dos ensinos básico e secundário, procurando que estejam em conformidade com os objectivos e conteúdos dos programas."Esperamos, no momento da publicação deste decreto, poder, ao mesmo tempo, publicar as orientações para a produção de material dos manuais, os critérios e referenciais de certificação, a lista das disciplinas em relação às quais não será obrigatória a adopção de manuais e, depois, a convenção de preços e o calendários das adopções de manuais", afirmou nessa mesma altura a ministra a Educação, Maria de Lurdes Rodrigues. Lusa
9.6.07
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Etiquetas:
Educação - geral
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