Prestar Provas
3 de Junho de 2007, Jornal de Notícias
Junho traz no ar aquele aroma agradável a férias. Contudo, antes do tão ambicionado descanso, milhares de alunos de todo o país vão ter de "suar" nas provas dos exames nacionais que se avizinham. No 9.º ano, 90 mil vão apenas testar os conhecimentos de Língua Portuguesa e Matemática. No Secundário, o esforço será maior para os cerca de 175 mil estudantes que se apresentam a exame. E, para cerca de 65% daqueles alunos, o esforço terá de ser tanto maior, pois dele depende a entrada num curso superior. E o fim das aulas representa, também para os professores, uma sobrecarga de trabalho, com as avaliações finais a coincidir com a correcção da provas de exame, um trabalho que dizem mal pago e do qual muitos procuram fugir da melhor forma possível.A pesada máquina dos exames nacionais já rola há muito e, agora, aproxima-se a ocasião de ser também ela testada. O trabalho, conduzido pelo Júri Nacional de Exames, custa ao Estado cerca de 6,5 milhões de euros. Contudo, há um outro custo que lhe está associado o do bom planeamento e execução de todo o processo, o qual, a conter falhas, poderá custar graves dissabores quer aos estudantes e suas famílias, como aos próprios responsáveis pelo funcionamento da máquina. As falhas nos exames de Química e Física, no ano passado, e todas as consequências que delas advieram, são disso um bom exemplo.Aos exames do 9.º ano, deverão apresentar-se cerca de 90 mil alunos, que prestarão provas dos seus conhecimentos a Língua Portuguesa e Matemática. Recorde-se que a estas provas são admitidos todos os alunos do 9.º ano, à excepção dos que obtiveram na avaliação de frequência nível 1 simultaneamente àquelas duas disciplinas ou nível inferior a 3 em três disciplinas, excepto se alguma delas for Língua Portuguesa ou Matemática e nestas tiver obtido nível 2. Apesar de haver duas chamadas, a primeira (que se realiza nos dias 19 e 21, às 9 horas) é de carácter obrigatório, estando a segunda (nos dias 25 e 26) reservada a situações excepcionais devidamente comprovadas.Recorde-se que, no ano passado, a média nacional em Língua Portuguesa subiu em comparação com o ano ano anterior (2,6 valores, em 2006, e 3 valores, em 2005), enquanto a de Matemática desceu (2,4 valores, em 2006, e 2,2 valores em 2005).No Ensino Secundário, os exames nacionais arrancam no dia 18 e, como é costume, a primeira prova é a de Português. Este ano, devido ao facto de coexistirem dois currículos em avaliação (o que corresponde à nova organização do Secundário, aprovada pelo decreto-lei 74/2004, e o que respeita ao antigo currículo, aprovado pelo decreto-lei 286/89), haverá também exames durante o período da tarde. É o que sucede logo no primeiro dia, em que o exame de Filosofia se realiza às 15 horas.O facto de os exames nacionais começarem muito antes do término previsto no calendário escolar para o encerramento das actividades lectivas obriga muitos estabelecimentos de ensino a terem de terminar as aulas bem antes, para desagrado dos encarregados de educação. 9.º ano Apenas duas provasOs alunos que agora terminam o 9.º ano de escolaridade são chamados a prestar provas de Língua Portuguesa e Matemática, as duas disciplinas considerados fundamentais no currículo escolar. Todos os estudantes do 9.º ano são admitidos. Excluídos ficam, logo à partida, os alunos que obtiveram na avaliação de frequência nível 1 simultaneamente àquelas duas disciplinas ou nívelinferior a 3 em três disciplinas, excepto se alguma delas por Língua Portuguesa ou Matemática e nestas tiver obtido nível 2.11.º e 12.º anos Todas as disciplinasOs alunos são avaliados nas disciplinas de Português, na trienal e nas de formação específica. Desde o passado ano que alguns exames decorrem já no 11.º ano, no caso das disciplinas bienais iniciadas no 10.º ano Os estudantes que pretendam concorrer à matrícula e inscrição no Ensino Superior público ou particular e cooperativo devem realizar obrigatoriamente, em 2007 os exames das disciplinas indispensáveis à conclusão do seu curso de Ensino Secundário; os exames correspondentes às provas de ingresso para os cursos de Ensino Superior a que pretendem concorrer, se não os realizaram em 2006.As provas de ingresso para acesso a um curso num determinado estabelecimento de Ensino Superior são as provas definidas por este para, com base nas classificações obtidas em exame nacional e em combinação com outros factores, seleccionar e seriar todos os candidatos ao ingresso nesse curso.
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