No âmbito do Laboratório de Avaliação da Qualidade Educativa (LAQE), estrutura funcional do Centro de Investigação Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF) da Universidade de Aveiro, foi criado, em Março de 2007, o presente blogue onde são colocadas, notícias da imprensa da área da Avaliação Educativa. Esta recolha tem como principal finalidade avaliar o impacte, nos mass media, das questões de avaliação educativas.

50 mil concorreram à categoria de professor titular

13.06.07 , Diário de Notícias

Cerca de 50 mil docentes do topo da carreira candidataram-se ao primeiro concurso de acesso a professor titular - o novo topo da carreira docente -, o que equivale a 82% dos que tinham condições para o fazer, segundo dados do Ministério da Educação. A fase de candidatura terminou segunda-feira. Dos 49 884 professores que concorreram à mais elevada das duas categorias em que se divide a nova carreira docente, 30 168 são do 8.º e 9.º escalões, estando dependentes de vaga para aceder a titular. Como a tutela abriu apenas 18 563 lugares nos agrupamentos de escolas, 11 605 docentes não terão vaga, ficando impedidos de progredir na carreira.Ao concurso, candidataram-se ainda 19 716 professores do 10.º escalão - o o mais elevado -, sendo que estes não estão sujeitos a vaga, bastando-lhes somar 95 pontos no conjunto dos diversos factores em análise. No entanto, muitos destes docentes também poderão não chegar a titular, já que aquela pontuação não é fácil de alcançar, sendo mesmo impossível para um professor que não tenha desempenhado cargos nos últimos sete anos, mesmo que tenha tido uma avaliação positiva e nunca tenha faltado. Automaticamente excluídos deste concurso estão os professores bacharéis e também os que beneficiam actualmente de uma dispensa total ou parcial da componente lectiva por razões de doença.Muito criticado pela maioria dos professores, este concurso "gerou um mal estar na classe, quer pelos pressupostos que estão na sua origem, quer pelo desrespeito que é revelado pelas carreiras", afirmou ao DN João Dias da Silva, da Federação Nacional de Professores. Entre as principais críticas tecidas pelos sindicatos estão a "subalternização da maioria dos percursos profissionais, uma vez que só são considerados os últimos cinco anos" e "o peso diferente atribuído aos vários cargos já exercidos". De acordo com este responsável, os sindicatos receberam já muitas queixas de professores que se sentem lesados e contestam os critérios do concurso. A todos eles, os sindicatos vão prestar apoio jurídico, avançando sempre que possível para a via judicial. Os resultados do concurso serão divulgados no final do próximo mês.

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