No âmbito do Laboratório de Avaliação da Qualidade Educativa (LAQE), estrutura funcional do Centro de Investigação Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF) da Universidade de Aveiro, foi criado, em Março de 2007, o presente blogue onde são colocadas, notícias da imprensa da área da Avaliação Educativa. Esta recolha tem como principal finalidade avaliar o impacte, nos mass media, das questões de avaliação educativas.

Enriquecimento curricular deve ter abordagem lúdica

22 de Junho de 2007, Jornal de Notícias

U m estudo divulgado em Coimbra, o primeiro elaborado no terreno sobre as actividades de enriquecimento curricular dos alunos do primeiro ciclo, defende que estas sejam realizadas em perspectiva lúdica e não como mais horas de aulas."A nossa preocupação é garantir que as crianças possam ter as duas horas diárias (de enriquecimento curricular), mas que o trabalho pedagógico seja mais próximo do brincar", disse à agência Lusa Lucília Salgado, docente da Escola Superior de Educação de Coimbra (ESEC) e coordenadora do estudo.O período de enriquecimento curricular dos alunos do primeiro ciclo - duas horas diárias entre as 15.30 e 17.30 horas quando as escolas funcionam em horário completo - entrou em vigor no passado ano lectivo, por determinação do Ministério da Educação.No estudo ontem apresentado em Coimbra, durante um encontro internacional subordinado ao tema "Aprender em Tempo de Lazer o Enriquecimento Curricular", os investigadores concluíram que estas actividades devem manter-se, embora com uma nova abordagem pedagógica."O problema são os tempos de lazer das crianças. Têm 25 horas de aulas por semana, mais dez horas de aulas de enriquecimento curricular, mais trabalhos de casa. É um horário superior a um trabalhador da construção civil", argumentou.A coordenadora do estudo defende uma pedagogia "próxima do brincar, actividade em que a criança aprende imensas coisas", que tem por base a teoria do lazer descansar, divertir e desenvolver. "A criança deve aprender de forma lúdica. Não deve ser carregada com mais trabalhos escolares formais, mas ter uma aprendizagem através de actividades culturais", defendeu. Lucília Salgado exemplificou com as aulas de música "Vai lá (às escolas) uma pessoa formada em música e dá uma aula. São mais aulas. Defendemos a formação dessas pessoas para que essa competência seja transmitida aos alunos de forma lúdica e pedagógica e estes não vejam aquele tempo como mais duas horas de aulas". Vera Pascoal, da delegação Centro da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento da Animação Sócio-Cultural, parceira da ESEC na iniciativa, frisou que as actividades de enriquecimento curricular no modelo defendido pelo estudo "são uma mais valia, tanto para as escolas, como para os próprios pais".

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