No âmbito do Laboratório de Avaliação da Qualidade Educativa (LAQE), estrutura funcional do Centro de Investigação Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF) da Universidade de Aveiro, foi criado, em Março de 2007, o presente blogue onde são colocadas, notícias da imprensa da área da Avaliação Educativa. Esta recolha tem como principal finalidade avaliar o impacte, nos mass media, das questões de avaliação educativas.

Aulas de substituição implementadas

29 de Junho de 2007, Jornal de Notícias

O ano escolar que agora termina trouxe o alargamento das aulas de substituição ao Ensino Secundário. Apesar da polémica inicial causada entre alunos e professores, as referidas aulas parecem ter entrado no quotidiano dos estabelecimentos de ensino.Para José Manuel Sá, presidente da Associação de Pais das Escolas Básica 2/3 e Secundária de Valadares, as aulas de substituição conheceram o descontentamento dos alunos porque estavam habituados, quando um professor faltava, a terem um tempo livre no recreio. "É natural que os alunos tenham reagido mal, pois com as aulas de substituição já não podem andar na brincadeira durante o tempo de uma aula", referiu José Sá.No seu entender, os alunos que entraram para o 5.º ano de escolaridade já não conhecem outra realidade que não seja a das aulas de substituição quando um professor falta. "Daqui a uns anos, quando esses alunos chegarem ao 3.º ciclo e ao Ensino Secundário, já não reclamam, porque nunca souberam o que era ter um furo e passarem o tempo no recreio", realçou.Polémica desapareceuOpinião idêntica tem Rosa Novo, presidente da Federação Regional de Associações de Pais do Porto. "As escolas não estavam organizadas para as aulas de substituição, por isso é natural que, de início, tenham levantado alguns problemas junto dos alunos e professores", recordou. "Mas agora penso que já entraram no quotidiano e já não há tanta polémica", referiu.Na Escola Secundária Artística Soares dos Reis, no Porto, o início das aulas de substituição este ano lectivo foi recebido com um protesto generalizado dos alunos. Numa manifestação mediática, os jovens quiseram chamar a atenção da população para o facto de, naquele nível de ensino, a ausência de um professor permitir aos alunos pesquisas na biblioteca para trabalhos de investigação que têm planeados.Alberto Teixeira, presidente do Conselho Executivo daquela escola, disse ao JN que, inicialmente, a introdução das aulas de substituição causaram a indignação dos alunos, que não estavam habituados a ter ocupados os espaços em que faltavam os professores. "Com o passar do tempo, lá acabaram por se conformar e agora está tudo mais calmo", referiu.De acordo com as orientações dadas pelo Ministério da Educação, os professores devem avisar com antecedência a escola de que vão faltar e preparar um plano para a aula de substituição a ser dada por outro professor."Muitas das faltas dos professores são programadas, como consultas médicas ou reuniões, e o trabalho colectivo deve ser preparado previamente", fez notar a governante, num encontro em que participou em Lisboa.Maria de Lurdes Rodrigues recordou que o mecanisno das aulas de substituição "visa facilitar a vida das escolas e tornar todos os tempos lectivos úteis do ponto de vista pedagógico".A ministra lembrou que as aulas de substituição já estavam previstas em legislação existente, muito embora constituíssem uma determinação que não estava a ser cumprida na maioria das escolas.

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